“Tudo que a CDL tem foi criação da minha gestão. Agora, fica muito fácil deixar R$ 100 mil em caixa se você não construiu, não investiu, não fez patrimônio algum e o que fez não está servindo para perpetuação daquela entidade”, rebateu o ex-presidente da CDL sobre as declarações de Adailton Fonseca que presidiu a entidade até no último dia 01/06.
por Wesley Silas
O ex-presidente da CDL, Domingos Tavares, procurou a reportagem do Portal Atitude para responder as declarações dada pelo seu sucessor, Adailton Fonseca, ao Portal Atitude, repercutida na Câmara de Vereadores, de que ele teria recebido a entidade de Tavares com dificuldade financeira com o nome protestado.
“Recebi a notícia com estranheza e se tinha algum protesto na CDL só pode ter acontecido por falta de informação. A CDL não ficou com dívidas e isso é fácil de comprovar, basta ir no contador e olhar o balancete de 2010. Deixamos saldo em caixa no valor de R$ 10 mil que dava para pagar a folha do mês seguinte”, disse Tavares.
Domingos Tavares afirmou que no período em que ele atuou como presidente da CDL, de 2005 a 2010, o empresário Adailton Fonseca era seu vice-presidente na entidade, numa época, considerada por ele, em que a entidade mais cresceu, “saindo do zero” para ter um patrimônio hoje avaliado em mais de R$ 1 milhão.
“Quando assumi, a CDL tinha 20 anos de existência e não tinha nenhum patrimônio e o computador que tinha era emprestado da Federação do Comércio. Não pedimos terreno de prefeitura, mas compramos um na Avenida Maranhão (Centro), construímos e pagamos o prédio com dois pisos, sem deixar nenhuma dívida para depois do dia da inauguração. Passei dois anos trabalhando naquela construção dia e noite, comprando e pagando com recurso da própria CDL. Nos cinco anos que fiquei na presidência, a CDL foi a entidade que mais cresceu no Tocantins”, disse. Em seguida alfinetou: “Uma coisa eu te digo, e não quero polemizar, quando foi para aprovar a construção do prédio o Adailton foi contra”, acrescentou.
Segundo Tavares depois que ele deixou a presidência, a CDL teria reduzido o seu patrimônio.
“Eu desafio qualquer a encontrar no prédio da CDL alguma coisa que não foi deixada pela minha gestão; ou, encontrar naquela entidade tudo que eu deixei: como um veículo, praticamente zero km, com 85% dele pago, freezer, carretinha e uma série de coisas que foram vendidas pela gestão que assumiu; mas, não adquiriu outro patrimônio”, rebateu Tavares.
Conforme Tavares, depois que ele deixou a presidência da CDL, serviços oferecidos pela entidade por meio de departamentos jurídico e promocionais foram extintos; e, as campanhas promocionais da entidade, autorização pela Caixa Econômica Federal, foram criadas durante sua gestão.
“Os eventos, campanhas e todos os serviços que tem na CDL foram criados na minha gestão, como a campanha de Natal. O que é mais difícil? Fazer uma campanha de Natal sorteando carro e construindo? Ou, depois sem tem que fazer nada conseguir aumentar a premiação, sendo que toda premiação vem de patrocínio? Na minha época, o dinheiro da construção (do prédio) tinha que sair do caixa? […] Era um desafio que hoje talvez não teria condições de fazer e fiz porque estava com empolgação total”, concluiu.
A reportagem do Portal Atitude entrou em contato com Adailton Fonseca que ficou de enviar uma nota com comprovações documentais sobre denúncias feitas pelo ex-presidente Domingo Tavares.