As eleições para escolha da nova diretoria da Associação dos Professores Universitário (APUG) do Centro Universitário Unirg está sendo disputada com denúncias de assédio moral e constrangimento contra uma professora para as eleições que acontecem nos dias 17 e 18 de outubro.
por Wesley Silas
Em nota da repúdio, a atual Diretoria da Apug-Ssind afirma que a professora Valéria Maciel, teria sofrido assédio moral e constrangimento da Pró-Reitoria de Graduação e Extensão, que teria atropelado o regimento acadêmico ao colocar para “dentro da sala de aula um técnico para avaliar a professora concursada, o que é totalmente imoral, ilegal e injusto”, disse.
A Diretoria da Apug-Ssind, acusa a Pró-Reitoria de suar fundamentos desprovidos de embasamento jurídico “porque não existe no Regimento Acadêmico Geral do Centro Universitário UNIRG, dentro do procedimento de sindicância e/ou processo administrativo disciplinar, a figura do acompanhamento pedagógico realizado por um servidor técnico administrativo, ou seja, pessoa estranha à Academia para veladamente utilizar-se da pressão, inibindo e humilhando a professora”.
Na nota, diz que “colocou à disposição toda a ajuda jurídica necessária, bem como já repassou a situação para o Sindicato Nacional – ANDES, repudiando o assédio e toda forma de constrangimento aplicado, o que infelizmente não é o primeiro sofrido pela mesma professora, atingindo vários profissionais docentes em nossa instituição de ensino superior”.
Duas chapas disputam a eleição da Apug-Ssind deste ano. Sendo elas a Chapa 1, “Sindicato é pra Lutar” encabeçada pelos candidatos Paulo Henrique Costa Mattos para o cargo de Presidente e Edna Maria Cruz Pinho para o cargo de vice-presidente. A Chapa 2, denominada “Um novo tempo Apug para todos”, é encabeçada por Marllos Peres de Melo na disputada do cargo de Presidente e Valmir Fernandes de Lira para o cargo de vice-presidente.
As eleições da nova diretoria acontecem nos dias 17 e 18 de outubro, com posse regimental marcada para o dia 13 de dezembro de 2017.
NOTA DE REPUDIO À GESTÃO ACADÊMICA
A seção sindical APUGSSIND, enquanto defensora da luta dos trabalhadores docentes da Unirg, por melhores condições de trabalho e de dignidade laboral, manifesta seu repudio pelo assédio moral e constrangimento sofrido pela professora Valéria Maciel, imposto pela Pró-Reitoria de Graduação e Extensão, quando deliberadamente e atropelando o regimento acadêmico, colocou dentro da sala de aula um técnico para avaliar a professora concursada, o que é totalmente imoral, ilegal e injusto.
A Pró-Reitoria de Graduação e Extensão desconhece o procedimento, pois, utilizou-se de fundamento totalmente desprovido de embasamento jurídico, porque não existe no Regimento Acadêmico Geral do Centro Universitário UNIRG, dentro do procedimento de sindicância e/ou processo administrativo disciplinar, a figura do acompanhamento pedagógico realizado por um servidor técnico administrativo, ou seja, pessoa estranha à Academia para veladamente utilizar-se da pressão, inibindo e humilhando a professora.
Nesse sentido a Reitoria em conjunto com a Pró-Reitoria de Graduação e Extensão extrapolam suas funções ao assumir o papel que cabia inicialmente às Coordenações de Cursos e Conselho do referido curso, para analisar, investigar e tentar resolver a situação, que foi provocada por abaixo assinado de alunos, o que se tornou fato corriqueiro na Unirg. Ressaltando que é licito e legal o abaixo assinado, quando tem procedência e são respeitados todos os ritos administrativos.
Ao perceber seu grave erro materializado na pessoa do técnico, que embora seja profissional da educação, atua como assessor na Reitoria, a gestão incumbiu um professor para avaliar a docente, incorrendo em novo erro. Qualquer membro da comunidade acadêmica sabe que um professor/a só pode ser avaliado/avaliada por um professor/a ou por uma comissão, que tenha titulação acima do/da docente avaliado/a e mais uma vez, no afã de “mostrar serviço”, a gestão cometeu outro ato desatinado e fora das atividades pertinentes à atividade da gestão acadêmica, tomando para si, não se sabe para atingir a qual objetivo, o rito que cabia à primeira instância, no caso a coordenação do curso ao qual a professora está vinculada, observando-se que até então, não fora aberto nenhum procedimento administrativo contra a professora citada.
O sindicato já colocou à disposição toda a ajuda jurídica necessária, bem como já repassou a situação para o Sindicato Nacional – ANDES, repudiando o assédio e toda forma de constrangimento aplicado, o que infelizmente não é o primeiro sofrido pela mesma professora, atingindo vários profissionais docentes em nossa instituição de ensino superior.
A APUGSSIND esclarece ainda que todos os fatos devem ser apurados, mas que existem regras e procedimentos acadêmicos que devem ser seguidos, mas que infelizmente está longe de acontecer, deixando à mercê da gestão, que alvitra ao sabor do vento, ferindo gravemente o regimento acadêmico e o direito a ampla defesa dos professores, concursados ou contratados. E quando a gestão se utiliza desse tipo de procedimento, manifesta-se claramente a perseguição direta ao docente.
Por fim, ressalta que o adoecimento docente tem várias causas e uma delas, com certeza, é a forma desumana que é dada pela gestão a algumas situações, especialmente daqueles e daquelas que não fazem parte do grupo próximo da gestão, caracterizando claro desrespeito à dignidade e ao livre exercício da docência, ferindo a isonomia e a autonomia dos setores, tão apregoada em tempos de luta pela transformação do Centro Universitário em Universidade.
Não se constrói uma comunidade acadêmica forte, respeitada e de qualidade, tratando com desigualdade os colegas que fazem parte do corpo acadêmico, numa clara e forte luta pelo poder a todo preço, que só enfraquece a carreira e esfacela a dignidade humana de qualquer docente, retirando ou sonegando direitos que foram conquistados a duras penas ao longo dos quase 30 anos de existência da APUGSSIND.
Diretoria da Apug-Ssind