Os números apontam que Gurupi evoluiu. Mas fica para trás se comparado a outros Municípios do Estado. Araguaína é o primeiro do Estado com um saldo positivo de 1.302 empregos. Paraíso encerrou 2017 a frente da capital Palmas com saldo positivo de 419. Palmas vem em terceiro, seguido por Porto Nacional. Gurupi está na quinta posição. O Atitude Tocantins ouviu opiniões divergentes para comentar os números.
Por: Philipe Ramos
O Ministério do Trabalho divulgou na semana passada dados referentes ao CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de 2017. Gurupi encerrou com saldo positivo na geração de emprego, porém ficou em quinto lugar no Estado, ficando atrás inclusive de municípios menores como Paraíso e Porto Nacional.
Em 2017 foram criados em Gurupi 4.312 empregos, mas houve 4.268 demissões. O saldo positivo de empregos formais é de 44. Muito melhor que 2016, quando o Município encerrou com o saldo negativo de 192 de postos formais de trabalho (com carteira assinada).
Os números apontam que Gurupi evoluiu. Mas fica para trás se comparado a outros Municípios do Estado. Araguaína é o primeiro do Estado com um saldo positivo de 1.302 empregos. Paraíso encerrou 2017 a frente da capital Palmas com saldo positivo de 419. Palmas vem em terceiro, seguido por Porto Nacional. Gurupi está na quinta posição.
Para contextualizar e comentar os dados, o Atitude Tocantins ouviu duas opiniões divergentes sobre o assunto. O Presidente da ACIG (Associação Comercial e Industrial de Gurupi), Adailton Fonseca, afirma que os números mostram uma política errada adotada pela atual gestão da Prefeitura de Gurupi, já o Secretário da Produção de Gurupi, Tom Lyra, diz que os dados não refletem a realidade.
De acordo com Adailton Fonseca, o baixo desempenho já era esperado. “Buscamos sem sucesso nos últimos anos alertar a gestão municipal para a necessidade da implantação de políticas públicas voltadas ao crescimento econômico, infelizmente esta área não foi priorizada pelo poder público em Gurupi”, afirmou Adailton.
Já Tom Lyra diz que a realidade não é esta. “O Caged pega um dado isolado e generaliza isso como uma condição de decréscimo, quando na verdade a economia de Gurupi não reflete a realidade que eles argumentam”, disse.
“Na sala do empreendedor no ano de 2017 nós atendemos 4386 pessoas interessadas em abrir o próprio negócio. Mais de 480 abriram o seu negócio em Gurupi. Pessoas que empreenderam em uma atividade econômica, que não necessariamente são empregadas da CLT”, argumentou.
Segundo Tom Lyra, os números de Araguaína não chamam atenção porque Gurupi está na mesma “dinâmica de crescimento”. “Araguaína tem 320 indústrias e nós temos 280. Uma cidade com 200 mil habitantes outra com 100 mil habitantes ter uma diferença de 10% no ranking de industrias eu acho complicado. Se a gente pegar esse índice de Araguaína, você vê que é basicamente da construção civil. A construtora fez a orla de Araguaína inteira em um ano. Houve uma grande obra em Araguaína que justificou. Agora vamos analisar quanto a indústria contratou. Gurupi está empatada com Araguaína”, explicou.
Adailton não concorda com a atual gestão municipal. “Os números de hoje, são apenas a consequência negativa óbvia desta condução equivocada, enquanto não entenderem a importância do crescimento econômico, como forma de desenvolvimento social sustentável, continuaremos amargando resultados abaixo do nosso potencial e prejudicando o futuro de toda uma região”, afirmou.