Por Wesley Silas
No feriadão os gurupienses e demais moradores da região sul que não puderam viajar ficaram, como diz os mais antigos, “lambendo os beiços” com as fotos das comidas e dos shows do 9º Festival Gastronômico de Taquaruçu ao som de músicos de renomes nacionais como Frejat, louvor de André Valadão, do grupo Roupa Nova, etc…
Não houve, sequer, o tradicional Desfile de 7 de Setembro e, neste quatro dias de folga, contando a partir do sábado até a terça-feira; uma das únicas alternativas são os bares, andar no Mutuca ou ficar em casa mesmo curtinho o calor de 40ºC “fazendo figa” (torcendo) para ver pelo menos cair a chuvinha do caju.
E na região?
Apesar dos ricos potenciais para o ecoturismo das cidades de Peixe e Formoso do Araguaia, seus gestores continuam com pensamentos nanicos diante aos potenciais da biodiversidade da Ilha do Bananal, Rio Javaés no município de Formoso e, em Peixe, o Rio Tocantins com o seu arquipélago do Tropeço e os casarões condenados devido a falta de ação do poder público.
Estão matando estes potenciais. Não existem políticas educativas para frear os desmatamentos das margens dos rios e a pesca predatória numa época em que estão acabando de vez com a combalida fauna aquática – já comprometida pela usina da Enerpeixe e pelas ações de pescadores ribeirinhos com suas redes e das centenas de frequentadores inconscientes de ranchos e ilhas.
Há carência de ações inteligentes como o aproveitamento da parte histórica da cidade centenária – que ano após ano piora suas ruínas que poderiam ter outro futuro se tomassem medidas proativas como a bandeira do tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e assim, quem sabe um dia possamos ter eventos, pelo menos 10%, do porte do Festival Gastronômico de Taquaruçu com opções de lazer e cultura para o bem-estar dos moradores da região Sul do Tocantins.