(Jose Erisvaldo) Em plena era da tecnologia que segundo alguns autores estamos vivendo a terceira Revolução Industrial, com o surgimento das novas mídias tecnológicas e um interesse cada vez maior dos estudantes por essas descobertas, fica difícil atrair os adolescentes para as bibliotecas.
Os governos Federal, Estadual e Municipal, gastam uma fortuna em recursos públicos todos os anos na compra de livros e que na realidade são organizados nas bibliotecas e os alunos passam longe deles. Algumas bibliotecas de escolas publicas do ensino básico surpreende pela qualidade do acervo, no entanto são livros que servem apenas para enfeitar a sala e em quase nada contribuem para o aprendizado dos estudantes e para piorar a situação, os gestores geralmente escolhem pessoas que estão no final de carreira para tomar conta das bibliotecas. São pessoas que já contribuíram e no final já estão sem paciência para o atendimento dos jovens o que causa uma fuga dos estudantes do local e isso se observa pela organização dos livros, a grande maioria são novos nunca foram folhado por um aluno o que causa tristeza diante de uma situação que poderia ser resolvida com dinamismo e criatividade, fato que já se observa em algumas Escolas.
Outro fator agravante nesse processo é o avanço da tecnologia que tem muito mais força de atração e conquistas do que os livros propriamente ditos. Esse é um problema que precisa ser atacado, pois as bibliotecas estão cheias de livros e ninguém sabe o que fazer para atrair os jovens para se dedicarem a leitura. Esse é um desafio para as cabeças pensantes do país, pois o celular com acesso a internet, é capaz de armazenar centenas de livros e num piscar de olhos é capaz de encontrar respostas prontas para as questões pesquisadas, mesmo que não seja seguro, o que acabam por acomodar as pessoas na busca de informações.
O governo precisa entender que os livros estão ficando ultrapassados e que as editoras enriquecem a cada ano vendendo esses livros para o governo o exemplo disso é que não só as bibliotecas estão cheias de livros, mas as escolas de uma forma geral estão abarrotadas de livros e chegando mais. Esse ano é a escolha dos livros do ensino médio e as editoras que buscam lucrar com as vendas para o governo se movimentam, oferecem seus livros e algumas ofertam brindes para os professores que são peças chaves na escolha desse produto. Descartar os livros já vencidos é um problema grave, pois a mídia se avisada desse descarte, faz um alarde aí a sociedade se manifesta contra as pessoas que descartaram esses livros, só que não sabem é que esses livros têm prazo de validade, pois no ano seguinte vem mais livros e aí o que fazer, com a resposta as pessoas pensantes desse país.
* Jose Erisvaldo Barros é Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Amapá, especialista em Gestão Ambiental e Coordenação Pedagógica.Atualmente é Coordenador do Curso de Agronegócio da UNITINS -Campus Augustinópolis