Sem editais incentivo as artes cênicas, promoção de eventos e até espaços adequados para apresentações de peças de teatro Os amantes das artes cênicas em Gurupi e Palmas não tem muito o que comemorar neste dia 27 de março e que comemora-se o dia internacional do teatro.Isso por que de acordo com eles muitas são as promessas e poucas são as ações efetivas por parte do poder publico local em prol do desenvolvimento e difusão de suas atividades artísticas.
Depois de 20 anos morando em Gurupi e hoje em Palmas, e com um grupo que há mais de 10 anos atua em Gurupi, o produtor de teatro Thomas Batista, que preside um Ponto de Cultura na cidade, afirma que a data como em todos os anos, ao invés de ser comemorada, surge apenas como forma de manifestar o descontentamento da classe artistica com a ausência do poder público municipal.Ele cita a falta de iniciativas reais de apoio as artes cênicas e faz duras críticas contra o que considera uma má gestão cultural nos dois municípios, argumentando que em quase dois mandatos consecutivos, quase não hove apoio a projetos que atendessem eficientemente os artistas locais e por isso assim como ele tiveram que mudar de cidade em busca de novas perspectivas e crescimento artístico.Batista aproveita a ocasião e faz apelo pela construção do tão prometido teatro em Gurupi e outro em Palmas nas regiões periféricas cuja a população é maior e não tem condições de arcar com custos de transporte toda vez que precisa ir ao teatro do centro.
Para Gurupi ele cobra que seja feito um espaços físico adequado e a altura do talento dos únicos grupos ainda existentes na cidade que sobrevivem atuando com garra e determinação. Ele diz que seu grupo Sorria Meu Bem de Teatro atua na cidade, com ações gratuitas como apresentações de teatro, oficinas, montagens e diz que esta data perde o seu tão importante significado que é ser comemorada como as demais datas, para servir de manifesto. “Ano passado fizemos o 1º festival nacional de teatro- Encenarte, praticamente sozinhos apesar das promessas de apoio do gestor local que não foram totalmente cumpridas.Nosso púbico teve que assistir as ótimas peças no Centro Cultural da cidade em arquibancadas improvisadas, com chão sujo, sem ventilação e até banheiros interditados.Na época os grupos que se apresentaram dos estados de Góias por exemplo, levaram uma imagem péssima da representação cultural da cidade.Isso para mim e para comunidade é vergonhoso”, crítica.
Enquanto a cidade não investe o governo do estado apoia.Por isso este ano, graças ao edital de incentivo as artes cênicas os grupos locais terão recursos para promover oficinas, montar peças e até promover festivais. “Pela 2ª vez iremos fazer um evento decente para nosso público que ficará mais caro devido a falta de espaços e necessidade de locação de estrutura.Com estes gastos poderimamos trazer ate artistas globais” ressalta Batista.
A falta de espaços para o teatro é também em Figueirópolis, região sul, o maior empecilho que existe para que as producões locais sejam apreciadas com qualidade pelo publico.Antonio Campos que atua na produção de teatro e circo juntas, cita a falta de um teatro, espaços culturais na sua cidade também e que toda vez vem a Gurupi circular com suas peças percebe a decadência do Centro Cultural da cidade que esta com sua estrutura toda comprometida, equipamentos quebrados ou sucateados e ruindo por falta de manutenção, que pode ocasionar riscos de desabamento de acordo com fatos já denunaciados pelo Ministério Público Estadual (MPE – empecilho) através da Promotoria do Patrimônio Público de Gurupi.