Por Wesley Silas
Os Sindicatos Rurais de Peixe e de Gurupi, aliados com as respectivas Prefeituras estão juntando força em defesa dos agricultores e pecuaristas afetados pela seca que atinge todo Estado do Tocantins neste período de prolongada estiagem. Em Peixe o Sindicado Rural, presidido por Pedro Prevedello e o prefeito Cezinha estiveram reunidos na noite da quarta-feira, 27, no Povoado do Romão com produtores da margem direita do Rio Tocantins para produzirem um relatório com estimativa dos prejuízos para a Prefeitura publicar um Decreto de Emergência, assim como aconteceu em Jaú do Tocantins e Talismã. No município de Crixás a Prefeitura montou uma força tarefa com caminhão pipa para abastecer as propriedades rurais.
“Em Gurupi está difícil não vai ter safra de milho, a soja está comprometida, pecuária muito ruim e o pasto não saiu. O ano de 2024 vai ser desafiador na economia da região”, disse o pecuarista Igue do Vale ao pedir apoio ao ex-vereador Jonas Barros para intermediar junto ao presidente Sindicato Rural, João Vitor Stival e a prefeita Josi Nunes a publicação de um Decreto de Calamidade Pública. Segundo o pecuarista está previsto no Manual de Crédito Rural (MCR) a prorrogação de dividas e alongamento de operações tanto de custeios como investimentos. “Sugiro os produtores de cada município que estão com situações críticas com as lavouras, organizarem com os prefeitos os decretos de calamidade pública”, completou.
No município de Peixe o Sindicato Rural oficializou ao Secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Jaime Café, adoção medidas relacionadas a situação de emergência na região sul do Tocantins, que compreende os municípios de (Peixe, Alvorada, Figueirópolis, Talismã e Araguaçu), em virtude da seca prolongada que impossibilitou o plantio da soja nessa região, como noticiado por veículos de comunicação a exemplo do Jornal Nacional, pelos institutos de meteorologia e demais órgãos. Também foi pedido ao Governo do Tocantins que prorrogue a data do Vazio Sanitário que seria dia 08/01/24 para 20/01/24.
No município o produtor, Marko Antônio Almeida Mota, arrendou 500 ha próximo a zona urbana nas margens direita do rio Tocantins na fazenda Terra Santa de propriedade de Antônio Ancelmo. Em seus relatos ele afirma que desde o início de novembro deste ano ele está com a terra preparada tentando plantar o soja, porém até o momento, passada a época de plantio, ele não consegui plantar a totalidade da área. Ele chegou a plantar, aproveitando algumas chuvas; mas, logo após o plantio apareceu um sol escaldante com temperatura acima de 40ºC e matou e as sementes. Ela relata que as que conseguiram nascer morrem em seguida por favor de umidade no solo.
“Ele nos relatou que já plantou 300 há e morreu tudo. Agora está replantando e o cenário continua o mesmo. Segundo ele, durante os meses de novembro e dezembro não choveu 100 milímetros na propriedade, sendo o esperado era 650 milímetros”, disse o presidente do Sindicato Rural de Peixe, Pedro Prevedello.
“Sem recursos para comprar novas sementes e adubos ele não sabe como vai fazer pra cumpir os compromissos com os bancos, onde tirou recurso para preparar a terra e plantar a mesma”, arrematou.