por Wesley Silas
O julgamento de Mário Breno Rodrigues Lopes de Morais, inicia às 08hs desta quarta-feira, 09. O Ministério Público do Tocantins (MPTO), autor da denúncia que levou o acusado ao banco dos réus, será representando pelo promotor de Justiça Rafael Pinto Alamy, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Gurupi. Ele sustentará a condenação de Mário pelos crimes de feminicídio (assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino), com uso de asfixia e meio cruel, ocultação de cadáver e corrupção de menores, pelo fato de ter solicitado a ajuda de um amigo adolescente.
“Sinto muita saudade da minha filha. Isso dói, dói e espero que que a justiça seja feita e que este vagabundo seja punido pela covardia que fez com minha filha que era minha caçula e meu ouro. Não tem uma dor pior que esta e não consigo ter felicidade, apenas mágoa e saudade da minha filha. Espero que […] ele pague pela covardia que fez com minha filha que era a alegria da minha neta e acabou com a nossa família”, disse o motorista e pai da vítima, Raimundo Sales de Souza.
A retomada presencial das sessões do Tribunal do Júri no âmbito do Poder Judiciário, limita a participação de público e apenas quatro pessoas, sendo duas de familiares da vítima e duas do réu poderão acompanhar o julgamento.
Com o intuito de garantir a segurança dos envolvidos, serão disponibilizadas, durante as audiências, máscaras aos usuários, preenchimento do questionário de triagem dos casos de Covid-19, conforme estabelece a portaria, além de restrição do público externo e para as sustentações orais, será utilizado o púlpito.
Relembre o Caso
Adriana Silva Sales de Souza, de 20 anos, desapareceu no dia 24 de fevereiro e foi encontrada morta no dia 28. O desaparecimento da jovem comoveu amigos e familiares que procuraram informações sobre o paradeiro dela nas redes sociais.
O local onde a vítima foi encontrada fica a aproximadamente oito quilômetros do centro da cidade, em uma estrada vicinal. A Polícia Militar informou que o corpo foi localizado por um trabalhador rural que roçava a pastagem da região. Ele disse que viu um cobertor branco perto de uma cerca e ao se aproximar da ponte sentiu um forte cheiro. O cobertor estava a cerca de 50 metros do cadáver.
A vítima estava com short jeans e blusa branca com a estampa de um abacaxi. Como a área era de difícil acesso, o Corpo de Bombeiros foi chamado para fazer o resgate e remoção do corpo, que estava em estado de decomposição.