De acordo com o Subsecretário de Agricultura do Estado do Tocantins a região sudoeste do Tocantins não passar por cheia dos rios, mas por um processo de alagamento devido ao terreno plano que é formado “como uma mesa” que tem impactados os municípios de Formoso do Araguaia, Dueré, Lagoa da Confusão, Pium, Cristalândia e, em proporção menor, o município de Santa Rita do Tocantins. “ficamos receoso de que eventos como este acabe reduzindo esta luta do produto”, disse Ronison Parante sobre a perspectiva sobre a produção de grãos no Tocantins na colheita deste ano.
por Wesley Silas
“Está é uma discussão que foi feita na Defesa Civil e com o órgão envolvidos e, graças a Deus isso não é reflexo de um derramamento de água dos rios Araguaia, Formoso ou Javés, mas são águas dos afluentes destes rios no cerrado que foram canalizadas para bacia hidrográfica do Formoso e estão provocando estes alagamentos que tem impactados cinco municípios”, disse Ronison.
Na manhã deste domingo, o Presidente do Comitê de Bacia do Rio Formoso, professor Jair Oliveira, comentou ao Portal Atitude sobre a situação da região.
“Na Lagoa o nível dos rios já estão retornando na calha. O difícil será a retirada pelas estradas péssimas. O que é normal nesta época do ano”, explica.
Decreto de Emergência
De acordo com Ronison Parente o Estado tomou conhecimento no dia 15 de fevereiro quando o Portal Atitude levou uma matéria citando as ameaças das colheitas na região sudoeste do Tocantins devido as inundações e oficializou o problema na vinda do ministro da Agricultura na abertura da colheita de grãos no município de caseara promovida pelo Governo do Tocantins e que teve também a presença do governador Marcelo Miranda, que emitiu na última sexta-feira, 23, um Decreto de Emergência.
“Os prefeitos e produtores da região nos procuraram e em Caseara nós chamamos o Governador para uma conversar informal e começamos um trabalho de monitoramento da situação. Na semana seguinte os representantes dos Produtores da Região Oeste do Estado – APROESTE, colocou oficialmente a questão e pediu que o Estado tomasse as providências. A primeira medida foi os próprios produtores que estavam fazendo a contenção da água, recuperando estradas por conta própria. No dia 19 fizemos um sobrevoou na área dos 05 municípios onde observando várias áreas de alagamento e no dia 22 fizemos reunião com os municípios envolvidos juntamente com o pessoal da Defesa Civil e chegamos a três eixos de ações, sendo uma delas foi a necessidade de um Decreto de Emergência para a região que servirá para os produtores possam tomar providências no ponto vista jurídico legal para negociar com os bancos. O segundo eixo é o envio de estrutura de maquinários para ajudar a refazer as estradas e vias de acesso para permitir o escoamento da produção e permitir que o produtor chegue em todas as áreas. O terceiro eixo é um relatório agronômico que aponte as perspectivas de percas”, explica.
“A gente fica chateado porque a perspectiva do Tocantins é de uma safra um pouco maior do que foi a safra passada que foi 4,4 milhões de toneladas e agora ficamos receoso de que eventos como este acabe reduzindo esta luta do produtor que vem ano após anos aumentando a área plantada e melhorando os índices de produção”, concluiu.