Fábio Pisoni desce do avião por volta das 20h acompanhado de três agentes da Polícia Civil. No momento em que o avião aterrissou o piloto do avião demonstrou bastante tenso com a presença da imprensa no aeroporto onde estavam alguns amigos do acusado. Em seguida Fábio Pisoni desceu, com rosto e pescoço encoberto, com colete à prova de bala, e foi conduzido à Casa de Prisão Provisória de Gurupi onde ficará preso à disposição da Justiça.
Na CPP, um agente da Polícia Civil adiantou que Fábio está um uma cela com outros 10 presos e que não poderia deixar alguns veículos de comunicação que acompanhavam a chegada de Pisoni para tirar uma imagem de dele, como de práxis, devido determinação de seus superiores.
Apesar de ter sido preso no dia 11 de dezembro, o advogado Jorge Barros Filho, defendeu, em entrevista ao Portal Atitude, que Fábio Pisoni, teria saído no dia 10 de dezembro de uma cidade no Estado do Rio Grande do Sul, onde mora seus avos, para se apresentar nesta quarta-feira,19, ao juiz de Execução Penal de Gurupi. Data que corresponde 08 dias antes da audiência dita pelo advogado em que Fábio iria se entregar. “Isso foi combinado em outubro deste ano quando ingressei com um pedido junto ao juiz da Vara de Execução Penal para designar a audiência de instrução e julgamento e para interrogar o acusado e ele designou (naquela época) a audiência para amanhã, 19/12/2012, às 14h para a oitiva das testemunhas de defesa em interrogatório do acusado”, defende o advogado que lembrou ainda que Fábio só foi preso após uma consulta da Polícia Rodoviária de São Paulo junto ao Infoseg que constatou que ele tinha um mandato de prisão em aberto. “Eu comuniquei ao acusado para se deslocar do Estado do Rio Grande do Sul para o Tocantins para a audiência de amanhã e por infelicidade ele foi preso em uma blitz no Estado do São Paulo, na cidade de São José do Rio Preto”, acrescentou.
Advogado diz que Polícia sabia que Fábio iria se entregar
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Segundo declarações do advogado de defesa de Pisoni, a polícia sabia que o acusado estaria a caminho de Gurupi. “Com certeza inclusive o diretor da CPP já tinha consciência e já tinha conversado com ele. Já tinha comunicado no processo que ele compareceria, independente, de intimação e que ele estaria aqui amanhã. Ele estava se deslocando do estado onde ele se encontrava para a cidade de Gurupi”, justifica o advogado de Fábio que lembrou que depois da oitiva marcada para esta quarta-feira, o juiz vai decidir se Fábio vai a júri popular ou não.
Sobre o caso
O homicídio aconteceu no centro da cidade de Gurupi, às 4h30min da madrugada do dia 08/12/2007, após uma discussão entre alguns estudantes. Naquela ocasião Fábio Pisoni, tinha 26 anos, disparou seis tiros de uma pistola automática, calibre 22, contra um Gol que tinha seis estudantes que cursavam agronomia na UFT, dentre eles estava Vinícius Duarte de Oliveira (Vinicius Catalão), que na época tinha 21 anos e recebeu dois tiros, sendo um no coração, que o matou, e mais outro. Um outro rapaz que estava no carro levou um tiro de arranhão na cabeça.
Fábio Pisoni se entregou, mas foi liberado após assinatura do termo de apresentação espontânea e voltou a ser preso e foi liberado novamente diante uma decisão do desembargador Amado Cilton Rosa do Tribunal de Justiça do Tocantins, denunciado por venda de sentença negociada pela sua esposa, Liamar de Fátima Guimarães, que segundo as investigações feitas pela Polícia Federal e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o desembargador teria recebido um cheque em branco e um celular com 13 mensagens que poderiam tratar de uma negociata relacionada à liberdade do estudante Fábio Pisoni. As denuncias apontaram que o cheque em branco, que garantiria a o habeas corpus de Fábio Pisoni, foi dado 11 dias após o acontecimento do crime no valor de R$ 50 mil. Depois da fuga de Fábio Pisoni, a sua liberdade foi revogada pelo Colegiado do TJ e desde então ele era considerado foragido da Justiça.