Na discussão sobre a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, os deputados federais do Tocantins apresentaram posições variadas. Lázaro Botelho (PP) e Ricardo Ayres (Republicanos) se destacam ao não assinar o pedido de urgência para acelerar a votação do referido projeto. Por outro lado, os demais representantes do estado apoiaram a proposta.
Por Redação
A responsabilidade de decidir sobre o pedido de urgência agora recai sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele recebeu na última segunda-feira (14) um pedido da oposição, que apresentou 264 assinaturas para apressar a votação da anistia aos envolvidos nos atos golpistas. Embora o PL tenha conseguido reunir um número significativo de assinaturas, isso não garante a aprovação do projeto.
É importante destacar que a prerrogativa de pautar esse assunto no plenário é exclusiva do presidente da Câmara. No momento, há mais de dois mil projetos com regime de urgência aguardando análise na Casa. Se o regime for aprovado, o projeto poderá ser votado diretamente pelo plenário, sem a necessidade de uma análise prévia pelas comissões.
A obtenção de apoio de mais da metade da Câmara será utilizada pela oposição como uma forma de pressão sobre Hugo Motta. Muitas das assinaturas obtidas vieram de parlamentares de partidos que fazem parte da base governamental do presidente Lula, evidenciando fragilidades na atual situação política.
Tocantins: Quem assinou e quem não assinou o pedido de urgência pela anistia na Câmara:
deputado | partido | assinou |
Alexandre Guimarães | MDB | Sim |
Antonio Andrade | Republicanos | Sim |
Carlos Henrique Gaguim | União Brasil | Sim |
Eli Borges | PL | Sim |
Filipe Martins | PL | Sim |
Lázaro Botelho | PP | Não |
Ricardo Ayres | Republicanos | Não |
Vicentinho Júnior | PP | sim |
Entre os 249 deputados que não aprovaram o pedido de urgência estão figuras influentes, como o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente dos Republicanos, Marcos Pereira (SP), e o ex-líder da União Brasil, Elmar Nascimento (BA). Na bancada do PL, apenas Robinson Faria (RN) e Antônio Carlos Rodrigues (SP) não expressaram apoio à proposta. Vale ressaltar que, na semana passada, Hugo Motta indicou que não tinha intenção de colocar o projeto em votação. “Esta não é a pauta única do Brasil”, declarou. “Não contem com este presidente para agravar uma situação no país que já não é favorável”, completou.
Com o cenário atual, a expectativa sobre a votação da anistia permanece incerta. As próximas decisões da Mesa da Câmara serão cruciais para determinar o desdobramento dessa questão.
Fonte: Congresso em Foco: