De acordo com a matéria publicada neste sábado na Folha de São Paulo aponta que após analisar imagens de satélite, a NASA (Agência Espacial Americana) afirma que o El Niño de 2015-2016 poderá ser comparado ao que muitos chamaram de “Fenômeno monstruoso” de 18 anos atrás.
Conforme a matéria publicada na Folha, especialistas descrevem o El Niño como um fenômeno climático que envolve o aquecimento incomum das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial e suas causas ainda não são bem conhecidas.
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Aponta ainda que as áreas mais afetadas estão no continente africano, onde a escassez de comida atinge seu pico em fevereiro e parte do Caribe e das Américas Central e do Sul também deverão ser atingidas nos próximos seis meses.
Conforme noticiou o jornal, o atual El Niño é o mais forte registrado desde 1998 e, segundo os especialistas, deve ficar entre os três mais poderosos de que se tem conhecimento. A World Walter Organization (Organização Mundial da Água, ou WWO), nos três meses de pico, médias de temperatura na superfície das águas do pacífico tropical devem ficar mais de 2ºC acima do normal. Segundo William Patzert, o fenômeno tem causado a forte seca no nordeste brasileiro, enquanto no Sul do Brasil e norte da Argentina são registradas inundações.
Calor no Tocantins
A apuração da Folha de São Paulo aponta que a combinação do aquecimento global com a intensidade do fenômeno esse ano deve fazer com que esse verão seja um dos mais quentes de todos os tempos no Brasil, com as temperaturas ultrapassando facilmente 40ºC por vários dias seguidos em locais como Rio de Janeiro, Paiui e Tocantins. Segundo os meteorologistas, os termômetros podem registrar até 4ºC acima dos valores médios.
Previsão
Segundo os cientistas o El Niño deve terminar por volta do outono no hemisfério Sul (primavera no norte). No Brasil o inicio do outono está marcado para acontecer no dia 20 de março de 2016. “Mas o fim do ciclo não é boa notícia tão pouco: esse fenômeno climático tende a ser sucedido pelo seu reverso – ou seja, evento climático conhecido como La Niña, que podem trazer efeitos opostos mais igualmente danoso”, aponta.