Quem olha de longe não tem noção da estrutura da obra de 12 mil m² de área construída e do imbróglio desde a assinatura da ordem de serviço no dia 30 de novembro de 2013 no governo Siqueira Campos, paralisação entre os anos de 2016 a 2018 no governo Marcelo Miranda por falta de repasse para empreiteira e da retomada em 2019 no governo de Mauro Carlesse. A obra será entregue à sociedade nos próximos dias e já conta com piso em porcelanato líquido, instalação de gases, tratamento de esgoto próprio, auditório para 200 pessoa, energia solar para aquecimento de água dos banheiros e nesta semana será anunciada a empresa vencedora da licitação para implantar duas duas usinas de oxigênio.
por Wesley Silas
A obra Hospital Geral de Gurupi encontra-se na fase de acabamento. Avaliada, inicialmente, em R$ 29 milhões vai ser entregue, apesar da sua importância para a saúde pública da região sul do Tocantins, se tornou palanque para políticos adversários em vésperas de eleições, a exemplo do que aconteceu em janeiro de 2020 quando o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, chegou a dizer na parte de fora do alambrado da obra que o prédio estaria caindo. Anteriormente a este episódio, a construção chegou a ser paralisada no governo Marcelo Miranda entre os anos de 2016 a 2018, motivando investigação do Ministério Público Federal e em abril de 2019 o governador, Mauro Carlesse, anunciou o retorno do empreendimento com contrapartida do Estado.
A inauguração do Hospital Geral de Gurupi possibilitará estender o número de leitos de UTIs/Covid-19 em Gurupi, no momento em que o Hospital Regional de Gurupi chegou no seu limite máximo, após ser autorizado pelo Ministério da Saúde a aumentar de 20 para o limite máximo de 36 leitos.
“É uma explicação técnica porque o Ministério da Saúde só habilita estes leitos se colocar um percentual X dos leitos normalmente existentes dentro da unidade hospitalar. Por exemplo, se hipoteticamente, o Estados quisesse aumenta de 20 leitos do HRG para 50 não conseguiria porque não existem esta mesma proporção de leitos comuns (clínicos) dentro do hospital. Então o máximo que o Estado poderia conseguir dentro da portaria do Ministério da Saúde seria instalar outros 16. Por isso é que tinha 20 e instalamos outros 16, totalizando os 36 leitos. Ou seja, o HRG está na capacidade máxima de UTIs que poderia ter”, disse o Secretário Estadual de Saúde, Luiz Edgar Leão Tolini.
O secretário comentou também sobre a polêmica após entrega de leitos clínico no Hospital Geral de Gurupi.
“Em relação aos leitos clínicos do Hospital Geral de Gurupi que haviam sido inaugurados em outubro para uma emergência, mas em seguida a pandemia deu uma tranquilizada, e, em razão do pico depois do carnaval, a gente resolveu transformar os 20 leitos clínicos que estavam no HGG para leitos de UTIs Covid. Todas as providências para que isso ocorra estão sendo feitas e já recebemos respiradores, bombas de infusão e camas. Estamos terminando de organizar para entregar à população nos próximos dias porque tivemos que fazer uma reforma na estrutura física para adequar para UTI porque o espaço que recebe leitos clínicos e Utis são diferentes”, conta o secretário.
Licitação das usinas de oxigênio
Segundo o secretário no dia 05 de abril foi aberto o pregão para contatar 02 usinas de oxigênio que aconteceu no dia 16 de abril. Entre os licitantes, dois apresentaram documentação, sendo elas as empresas Separar Produtos e Serviços Ltda e Luk Industria e Comércio de Usinas Geradoras de Oxigênio. Ele adiantou ao Portal Atitude que no início desta desta semana a área técnica do Governo do Tocantins irá anunciar o nome da vencedora.
Nesta primeira etapa da obra, serão aproximadamente 12 mil m² de área construída, distribuídos em pronto socorro, ambulatório e bloco administrativo, com 38 leitos de pronto socorro para adultos e seis infantis para atendimentos de baixa complexidade, 10 leitos destinados a pacientes que necessitem de cuidados de urgência e emergência. Além disso, contará com seis consultórios, sendo um específico para o atendimento psiquiátrico e ainda duas salas para a realização de procedimentos especiais invasivos, três centros cirúrgicos ambulatoriais, salas de sutura, curativo, gesso, imunização, inalação e 12 leitos de observação.