O derrocamento do Pedral do Lourenço, que garantirá a viabilidade para a implantação da hidrovia Araguaia-Tocantins, foi anunciado nesta quinta-feira, 20, pela presidente Dilma Rousseff, durante cerimônia em Marabá (PA).
Para o Governo do Tocantins, a retirada ou destruição de pedras e rochas que prejudicam a navegação nessa parte do rio Tocantins é reivindicação antiga e tema de uma série de reuniões do Governador Siqueira Campos com representantes do governo federal.
Ontem a senadora Kátia Abreu (LEIA AQUI) também afirmou que a obra é sua luta desde que tomou posse no Senado Federal.
Segundo a Agência Tocantinense de Notícia (ATN), durante a entrega de 1.788 casas populares na última sexta-feira, 14, em Araguaína, o Governador aproveitou a presença da presidente Dilma Rousseff e, em pronunciamento, reforçou a cobrança. O Governador destacou que a obra é fruto de luta do governo do Estado e de parlamentares tocantinenses. “Não é demais lembrar o quanto o governo do Tocantins e a nossa representação parlamentar têm lutado pela implantação da hidrovia Araguaia-Tocantins, desobstrução do Pedral do Lourenço e para outras providências para definitiva construção e funcionamento da hidrovia Araguaia-Tocantins, para tornar competitivos os nossos produtos nos mercados da Ásia e de todo o mundo aproveitando-se o aprofundamento e alargamento do canal do Panamá e da próxima construção do monumental Porto de Espadarte, em Belém-PA”, afirmou.
Segundo a ATN, a construção de eclusas também é reivindicação antiga do Governador feita, inclusive nesta gestão, à própria presidente Dilma Rousseff. Para Siqueira Campos, em manifestação pública feita em 2013, a hidrovia será vital para o desenvolvimento do Estado. “Nós não podemos mais ficar sem hidrovia! Perdemos competitividade pelo alto custo do transporte rodoviário. Nós temos que ter essa hidrovia para levar nossa produção para o Porto da Vila do Conde, em Belém. Isso é fundamental para o desenvolvimento do centro-oeste e do norte do país”, disse, à época.
O Pedral é um trecho de formações rochosas no rio Tocantins, localizado entre Itupiranga e Marabá, que impede a navegação, no período de estiagem na Amazônia, entre Marabá e o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, ao norte do Pará.