Por Redação
“Conseguimos realizar um grande sessão solene, entendendo a importância social e cultural desses povos para o Tocantins. Temos que lutar cada vez mais pelos interesses de quem escreveu a nossa história e faz parte da nossa identidade. Não podemos aceitar governos retrógrados, que não escutam os anseios do povo. Devemos seguir o exemplo do Governo do Estado, que não só tem escutado a população, como tem dado voz efetiva. Somente assim podemos construir políticas públicas efetivas, que valorizam e preservam os nossos povos originários”, destacou o deputado Gutierres. Que afirmou ainda “junto com a secretária Narúbia e com o Governo do Estado do Tocantins, nós, como deputados vamos avançar e trabalhar para representar cada cidadão”.
A secretária dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins, Narúbia Werreria afirmou que o Tocantins vive um momento Histórico. “Nós estamos iniciando uma história única e uma oportunidade de avançar com todas as forças”, disse Narúbia. A secretária agradeceu também ao deputado Gutierres Torquato, autor do requerimento da sessão solene: Por muito tempo tentaram fazer com que nós não existíssemos mais, mas, nós existimos e resistimos. Agradeço ao presidente da sessão, deputado Guterres, que muito antes dessa sessão foi na minha casa e olhou nos meus olhos e prometeu que iria lutar pelos povos originários do Tocantins.
A sessão foi cheia de homenagens e composta por mulheres indígenas fortes e de uma representatividade única. A primeira cacique mulher da aldeia Boa Esperança, de Lagoa da Confusão, Lucirene Behederu Javaé, foi homenageada. E também, a primeira servidora indígena da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, Vanessa Xerente, que em seu emocionante discurso destacou a importância da sua posição. “Eu sempre fui guiada pela curiosidade, com questionamentos, pelo anseio de transformar a importância da mulher indígena dentro da comunidade e da sociedade”, afirmou Vanessa.
No Estado do Tocantins, a presença dos povos indígenas é marcante, a população é estimada acima de 14 mil, com diversas etnias que habitam a região há séculos. São oito etnias existentes: Karajá, Xambioá, Javaé, Xerente, Krahô, Krahô Kanela, Apinajé e Avá-Canoeiro. Esses povos estão situados em diferentes regiões tocantinenses nas terras indígenas oficialmente demarcadas, como na região da Ilha do Bananal, que temos comunidades em Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Pium. Na região central como Miracema, Tocantínia, e por todo o Tocantins, como em Itacajá, Goiatins, Tocantinópolis, Maurilândia, Cachoeirinha.