“Eles dizem que não entendem o que eu falo, mas eu não entendo o que eles fazem”. “Até a nossa religiosidade eles atacaram”, repetiu o prefeito Carlos Amastha em diversos comícios nas eleições de 2012, sob os aplausos de simpatizantes e reforçava o discursos com a anedota de “Joãozinho e seus Gatinhos”, referindo-se ao seu opositores, no caso Marcelo Lelis e senadora Kátia Abreu.
Passados dois anos e seis meses que assumiu o cargo, o prefeito tem colocado em seu barco tudo aquilo que ele mesmo criticava e agora, quem não deve está entendendo o “que ele faz e diz”, é o eleitor que elegeu um representante, que por sinal vem fazendo um belo trabalho na Prefeitura de Palmas, mas, suas falas como um ser político colidem com a proposta apresentada em 2012, talvez ao custo em nome da famosa ‘estabilidade política’.
50 anos no poder
“A boca fala do que o coração está cheio”, diz a Bíblia. Mas, neste caso, talvez por “euforia” do momento, durante um evento que marcou o anúncio da alteração na estrutura administrativa da Prefeitura de Palmas aliança entre os grupos do prefeito Amastha e da ministra Kátia Abreu, o prefeito soltou, da cabeceira da mesa, mais uma frase de arrepiar as estruturas do poder. Conforme foi publicado no site da jornalista Roberta Tum, disse ele: “unindo nossos esforços para trabalhar pela nossa Palmas e pelo Estado, ninguém vai nos tirar do poder pelos próximo 50 anos”.
“Não me despeço de vocês. Desejo apenas combater como um soldado das idéias.” Fidel Casto ao renunciar à presidência de Cuba, depois de 49 anos no poder.
Cinquenta anos foi o tempo que a família Sarney permaneceu no poder do Maranhão e perdeu para Flávio Dino (PCdoB) – um ex-juiz federal e ex-deputado federal que conseguiu no ano passado tirar a hegemonia do clã Sarney. Mesmo número que a rede Globo permanece no poder da comunicação no País e um ano a menos do tempo que Fidel Castro esteve à frente do poder de Cuba, ou seja, são números que o prefeito deveria repensar.
O último que ouvi, aqui no Tocantins, foi um cidadão que tinha tudo para ser hoje uma liderança expressiva na política do Tocantins no momento quando estava se projetando para alcançar o poder disse (ouvi dele) que seu grupo iria perpetuar, pelo menos, 20 anos no poder em Gurupi. Morreu após se enfartar em um palanque – antes mesmo de alcançar a posse do primeiro cargo eletivo.