A prisão do ex-jogador Roni, natural de Aurora do Tocantins, que tem na sua carreira atuação na Seleção Brasileira, Fluminense, Flamengo e Santos foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal no Estádio Mané Garrincha, antes do início da partida entre Botafogo e Palmeiras.
por Wesley Silas
O jogador Roni e o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos, também preso, são suspeitos de fraude financeira (falsificar dados e aumentar arrecadação) em jogos no Mané Garrincha.
Os dois foram presos na operação “Episkiros”, referência ao jogo enganoso com bola criado na Grécia antiga que deu origem ao futebol.
Ao Globo Esporte o Coordenador Especial de Repressão ao Crime Organizado, à Corrupção, aos Crimes contra Ordem Tributária e Administração Pública (Cercor), Leonardo de Castro, disse que as investigações iniciaram há quase dois anos.
“Hoje foi o momento de deflagração devido ao momento oportuno pelo jogo em Brasília. Nossas equipes estavam espalhadas e foi feita uma abordagem simultânea da maioria dos suspeitos. Todos colaboraram, com exceção de um que tentou fuga, mas foi capturado na saída do estádio. É importante deixar claro que a investigação está em andamento e as prisões são temporárias, eles ainda são suspeitos”, disse.
Conforme o coordenador da Cercor a operação foi autorizada pela 15ª Vara Federal Criminal de Brasília para o cumprimento de sete mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão em Brasília, Luziânia, no interior de Goiás, e Goiânia.
“Eles trouxeram alguns jogos para Brasília nesse período, e de agora em diante também serão apurados jogos que eles realizaram em outros locais do país. Com o material apreendido hoje, vamos conseguir chegar a um prejuízo aproximado que deram para o erário público e os clubes de futebol, dependendo do contrato que era feito entre eles”, disse o coordenador da Cercor ao Globo Esporte.