O advogado, Dr. Paulo Roberto, rebateu as vertentes das investigações contra o seu cliente, Sargento Vieira. Dentre elas, ele afirmou que o Sargento Vieira estava conduzindo a moto e no momento da ocorrência ele levava o sargento Gustavo Teles de uma lanchonete para sua residência. O advogado também questionou a rapidez do resultado balístico da arma usada no crime, defendeu que moto usada pelos policiais é de uma empresa de segurança em que o sargento Vieira fazia o popular “bico” na horas de folga e que não há nenhuma “guerra” entre as Polícias Civil e Militar. “Ele nega com veemência que não participou e apenas foi buscar o Gustavo que pediu para que ele o levasse em casa porque o Gustavo tinham saído para lanchar”, disse o advogado ao citar o depoimento do seu cliente.
por Wesley Silas
O advogado, Dr. Paulo Roberto defende o 2º Sgt PM Edson Vieira Fernandes da acusação de ter participado do homicídio de Neuralice Pereira Matos, 38 anos, ocorrido na noite do dia 22, na Avenida Rio Grande do Norte, esquina com a Rua 07 em Gurupi em que ele estava acompanhado do 3º Sgt PM Gustavo Teles, morto durante uma ação da Polícia Civil em Gurupi, na mesma noite que ocorreu também o homicídio de Nataniel Glória Medeiros, morto na Avenida Alagoas, entre as Ruas 03 e 04.
“O sargento Vieira nega autoria deste fato. Ele nega com veemência que não participou e apenas foi buscar o Gustavo que pediu para que ele o levasse em casa porque o Gustavo tinham saído para lanchar e pediu para que o conduzisse até sua casa. Eles eram amigos e trabalhavam juntos e são dois policiais do mais alto quilate. O Gustavo detém da tropa uma confiança muito grande e o Vieira da mesma foram são homem que têm fichas de posição de elogios magníficas, sem nenhum resquício que possa denegrir a imagem de ambos”, disse o advogado.
Ele citou que já atuou em casos envolvendo Policiais Militares que foram absolvido após serem acusados de mortes na cidade e que o seu interesse é buscar a verdade.
“A Polícia Militar não se serve a isso e da última vez que eu estive aqui fazendo um processo eu advoguei para seis policiais militares, acusado de crimes horripilantes e foram absolvidos porque nós buscamos a verdade real. O meu interesse é a verdade real e para isso eu vou contar com ajuda da Polícia Civil, Polícia Militar e eu vou buscar estas pessoas para gente provar a inocência dos envolvidos”, disse.
Guerra entre facções
Segundo o advogado, as mortes que aconteceram na cidade podem estar ligadas a guerra entre facções (CV e PCC) e o disparo do PC no PM Gustavo Teles pode ter sido acidental.
“E se houve uma ação desastrosa, às vezes ela nem aconteceu com dolo, pode ter sido um disparo acidental, ou qualquer coisa desta natureza. Nós temos que respeitar o trabalho de cada um e é isso que nós vamos fazer. Eu tenho apreço enorme pela Polícia Civil e este delegado que está ai, o Dr. Hélio, eu já tive a oportunidade de trabalhar com ele e ele já demonstrou que é um cidadão decente que busca a coisa certa”, disse.
“A polícia militar é protagonista e serve à sociedade e não se serve da sociedade e a Polícia Civil está indo no mesmo caminho. Nós precisamos ter o desejo de apurar os fatos sem colocar a sociedade contra as polícias que as duas foram se unir para defender a sociedade e são coirmãs e não são adversárias e nem inimigas”.
Segundo o advogado no momento da abordagem os militares não estavam com armas em punho.
“Os vídeos não nos mostra esta assertiva e a perícia que nós vamos fazer ela é muito criteriosa e ela vai mostrar com clareza se estamos certos ou se a Polícia Civil esteja correta”, defendeu.
“O sargento se colocou a disposição para fazer o exame residuográfico e foram feitos e eles vão sair e naturalmente vai dar negativo porque ele não atirou em ninguém e este é um fato”.
Ele afirmou que irá pedir novos exames balísticos com peritos de outro estado.
“Com relação a este exame que foi feito. […] Estou há 35 anos advogando na Vara Criminal, e não tinha visto um exame tão rápido como este, mas de qualquer forma vamos querer reavaliar este exame de balística porque é nossa obrigação de contextualizar e não de contestar e nesta contextualização nós vamos ver se a polícia está correta ou não. As imagens também vão demonstrar se esta arma estava mesmo com os policiais. Até agora não tem a prova concreta, tem a palavra e a palavra para nós não basta e, o que basta, é o vídeo”, disse.
Para o advogado atribuiu a fato da moto ter sido encontrada envelopada pela empresa de segurança na qual o sargento Vieira fazia bicos no período de folga.
“Temos inúmeras fotográficas desta moto antes do fato porque ela é da empresa ou você já viu uma moto da Inviolável diferente ou também da Sec. Então, todas são iguais”.