O furo nas escalas médicas no Hospital Materno de Gurupi, anexo ao Hospital Regional de Gurupi (HRG), obrigou mulheres grávidas a serem transferidas para realizar partos em Palmas que também passa por problemas nas escalas médicas no Hospital Público Infantil na pediatria. Em nota a Secretaria de Estado da Saúde (SES) garantiu que partir desta segunda-feira, 11, os serviços serão regularizados.
por Wesley Silas
“Eu tenho uma filha que está para nascer e o nosso plano era para levar para o Materno, só que não tem médico obstetra e a mãe teve que fazer uma consulta particular com um médico que também dá plantão no Materno e ele combinou que vai ter que induzir o parto na mãe da minha filha no dia que ele estiver de plantão no Materno para evitar um mal maior”, disse um autônomo que pediu para não ter seu nome divulgado. A reportagem do Portal Atitude esteve in loco e confirmou com servidores a falta de obstetras.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclareceu que os casos da área de obstetrícia do Hospital Regional de Gurupi (HRG) estão sendo transferidos para o Hospital Dona Regina, garantindo atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A SES informa que partir da próxima segunda-feira, 11, os atendimentos na unidade serão regularizados”, informou.
Coincidentemente ao caso de Gurupi, neste domingo, 10, as médicas Amanda Paulo Madureira e Beatriz Rabelo de Camargo Neta Ribeiro, que atendem no Hospital Público Infantil de Palmas, registraram um Boletim de Ocorrência na Central de Atendimento da Polícia Civil de Palmas comunicando que as escalas de plantões encontravam-se “desfalcadas” e que estaria gerando uma série de problemas no atendimento médico e devido o médico pediatra que atenderia na subsequência aos seus plantões marcado para iniciar às 19h30min. teria comunicado que não iria e “em decorrência disso, não terá para quem repassar o plantão”, deixando assim os pacientes desassistidos. Além do B.O., as duas médicas notificaram o caso ao CRM, SESAU, Núcleo Interno de Regulação, Samu, UPAS, Conselho Estadual de Saúde, Sindicatos dos Médicos, Ministério Público e Defensoria Pública Estadual.