Sem querer impor sentimentalismo abordaremos um pouco sobre o que vem acontecendo depois da trágica morte da professora Heidy Ayres, em dezembro passado que deverá ter o inquérito concluído na próxima semana, conforme relatou Maria do Amparo, mãe adotiva da professora .
Após a Justiça ter negado uma liminar que pedia a regulamentação de visitas dos netos, à mãe adotiva da Professora Heidy, afirmou ao Portal Atitude que, ao contrário da decisão da justiça, ela possui laço sócio-afetivo com as crianças.
“Eu pedi o meu direito de visita, mas foi negado e a juíza falou que eu não tenho vínculo afetivo com as crianças. Eu achei engraçado porque se ela é minha filha adotiva e, além de ser filha da minha irmã, fui eu quem a criei desde os 10 meses de vida. Quando ela casou e precisava ir em alguma festa deixava as crianças comigo”, disse Maria do Amparo.
A avó adotiva falou também sobre o convívio com os netos depois da morte da filha. “Já fui lá duas vezes [em Gurupi] para ver eles e na primeira vez eles disseram que depois do Natal deixariam as crianças passar uns dias comigo [em Palmas] e quando eu fui buscar eles falaram que as crianças não poderiam ir comigo porque ia passar uma semana no Estado da Bahia, na casa do irmão do Allan e se eu quisesse ver eu tinha que visitar em Gurupi. No domingo [11/01] eu fui visitar eles e os parentes do Allan não saíram de perto para conversarmos com as crianças e todos ficaram envolta e ficamos sem ação e sem como falar nada”.
Inquérito
De acordo com a avó adotiva, o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), João Kenupp, pediu mais 30 dias para concluir o inquérito. “Até agora não falaram nada para nós e antes o delegado falou que era 30 dias e já se passaram e depois pediu mais 30 e nós não sabemos o que está acontecendo. O delegado fala que está investigando, mas não disse nada para nós até agora”, disse Maria do Amparo.
Versão de Allan
O caso tem sido repercutido nos veículos de comunicação do Estado do Tocantins e, conforme foi publicado no site Roberta Tum, Allan Borges Moreira, ex-marido da professora, afirmou que as crianças, que hoje estão em Gurupi, não querem ir a Palmas devido o trauma da morte da mãe e estão sendo acompanhadas por uma psicóloga. Disse ainda que, depois de 10 anos, a avó biológica resolveu conhecer os netos. “Tenho medo de ela falar coisa que não deve. Eles [família de Heidy] estão fazendo denúncias contra mim, sem ter prova nenhuma, sendo que eu não tenho culpa nenhuma, não tem prova contra mim. Vou preservar o psicológico deles [filho], são crianças, né?”, disse Allan ao site de Palmas.
O que diz o delegado
Ao Portal CT, o delegado responsável pelo inquérito afirmou na sexta-feira,23, que aguarda resultado de exames do material retirado das unhas e do estômago durante a exumação do corpo da professora para concluir inquérito. “Estamos apenas esperando os exames ficarem prontos”, informou, com cautela, o delegado ao afirmar que não havia nenhuma novidade sobre o homicídio ou suspeitos.