“Precisamos de legisladores melhores que produzam leis mais adequadas às necessidades do contexto brasileiro e isso nos remete à eleição de nossos representantes. Particularmente defendo a não reeleição para amenizar os problemas atualmente vivenciados pela incapacidade de quem está no poder.”, Francisco Claudio Lima Gomes
por Francisco Claudio Lima Gomes
É doído imaginar que Aécio voltará ao Senado como se nada houvesse acontecido após a sessão de ontem no STF e a sessão no Senado na próxima terça, é doído imaginar que o Judiciário esteja a serviço de corruptos ou que, fora uma guerra civil, não há meios para mudar o quadro caótico em que o Brasil se encontra. Um quadro em que a solução para o dinheiro desviado no INSS ou nos fundos de pensão, nas super aposentadorias ou nas operações do tipo PASSADINA sejam repostos injustamente pelo aumento de impostos ou a quebra de contratos tidos como certos como o direitos à aposentador (que eu não terei) ou o investimento maciço em educação.
A ideia de que os poderes são iguais é falaciosa, não o é. Todo poder emana do povo e, constitucionalmente (mesmo para um leigo em direito), todo poder emana do povo que o exerce direta ou indiretamente por meio de representantes eleitos (legislativo ou executivo). Só o povo pode revogar o que estabelecido, legislar sobre o excepcional e até contrariar a legislação. Dessa forma o judiciário deve sim consideração aos representantes do poder emanado pelo povo.
Choveram críticas à Ministra Carmem Lúcia: “Manda quem pode, obedece quem tem juízes”. O verdadeiro problema é a legislação em causa própria, é o corporativismo da oligarquia brasileira, é a ignorância do nosso eleitorado. É possível que Carminha deva favores a Aécio mas sua decisão está de acordo com a Lei ( a meu ver).
Precisamos de legisladores melhores que produzam leis mais adequadas às necessidades do contexto brasileiro e isso nos remete à eleição de nossos representantes. Particularmente defendo a não reeleição para amenizar os problemas atualmente vivenciados pela incapacidade de quem está no poder.
Trata-se de um ato complementar à lei da ficha limpa, a lei exclui parte dos inviáveis e o eleitor exclui parte do restante.
Não me parece inteligente ficar gastando energia de Carmem Lúcia, precisamos nos concentrar na urna para 2018. Precisamos observar o ridículo de uma Assembleia Legislativa como a do Tocantins que gastar recursos para divulgar que fez um empréstimo, vende como solução o que na verdade é um problema sério. Um grupo que faz carreira e não entrega pelo que recebe.
Temos um problema sério e o nome dele é legislativo, é ele que amarra os outros poderes, é ele a solução para nossos problemas, é ele que precisamos reformar. A não reeleição, a mim, parece a ação mais adequada ao eleitor nesse momento. O Brasil merece representantes melhores.