Um dos debates na sociedade democrática envolvendo os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário tem sido o controle social recíprocos do que acontece nestes poderes por meio da transparência.
No entanto, enquanto muito reclamam da timidez de muitos vereadores fiscalizarem o Poder Executivo, em Gurupi, a “coisa” foi além do que muitos podem imaginar, quando nove, dos 13 vereadores criaram um Bloco Parlamentar, não para defender partidos e os pontos de vistas da oposição e situação; mas para cobrar diálogo com o presidente da Casa e pedir transparências em seus atos.
“O bloco que foi criado não tem na a ver com o Executivo, mas pela falta de transparência, de divulgação das ações da Câmara, pois foi retirada a TV Câmara e o presidente não foi capaz de fazer convênio com nenhuma rádio ou televisão e por isso as ações da Câmara não são divulgadas e chegou, até mesmo, a tirar até as Sessões Itinerantes”, disse Nato.
De acordo com Nato, a presidência da Casa não fornece informações sobre o que é votado nas Sessões Ordinárias e Extraordinárias.
“Eu pedi os Projetos de Leis que foram votados em dezembro de 2015 e a moça falou que só poderia repassar com autorização do presidente. Depois eu fiz um ofício para ele e já tem mais de 30 dias que estou aguardando a resposta”, disse. “Eu fiz ele tirar um Projeto de Lei que ele queria criar mais cargos na Câmara que está lotada de funcionários”, acrescentou o vereador.
A falta de transparência nos gastos da Câmara e o aumento do repasse do duodécimo desde que Wendel assumiu a presidência foi lembrado pelo vereador Nato. Segundo ele, quando o ex-presidente Cabo Carlos (PT) o duodécimo orçamentário (repasse mensal da prefeitura à Câmara) tem sistematicamente aumentado. Ele lembra que quando o valor mensal passou de R$ 357 mil (ano de 2014) quando Cabo Calos era presidente e no ano (janeiro de 2015) que Wendel assumiu passou para cerca de R$ 440 mil e para este o valor mensal passe de R$ 500 mil, representando aumento de aproximadamente R$ 150 mil por mês.
“O valor do duodécimo hoje passa de R$ 509 mil mensais e a alegação dele é que não tem dinheiro. A falta de transparência é grande se e nós vereadores não temos acesso a informações, imagine os cidadãos de Gurupi”, reclamou o vereador.