O protesto começou nesta segunda-feira (29) quando barqueiros interditaram o acesso à praia da Tartaruga em Peixe. Segundo eles, o motivo é a falta do pagamento dos responsáveis que terceirizaram a praia, ligados ao Instituto Prosperar – Cultura, Sociedade, Meio Ambiente e Desenvolvimento (Ipros).
Da Redação
“Foi feito um acordo para o pagamento ser feito após o término da praia e a empresa responsável que terceirizou a praia foi embora, nos dando um calote e não nos pagou, daí fizemos esse protesto de bloquear o acesso até que resolva a situação”, disse um barqueiro que não quis ser identificado.
O empresário Guto Costa relata que tem cerca de 40 tendas na praia da tartaruga alugadas para acampamentos particulares e disse que aguarda a liberação do acesso. “O motorista do caminhão da nossa empresa disse que não atravessa, eles estão parados lá sem acesso e esperam a liberação”, conta.
Em entrevista ao Portal Atitude, o prefeito de Peixe confirmou que a empresa que terceirizou a praia estaria querendo postergar o pagamento de alguns prestadores de serviços. “O pessoal travou (o acesso) enquanto não receber. Nós já notificamos o pessoal para fazer os pagamentos, apesar da responsabilidade dos serviços serem todos de quem terceirizou que é o Instituto Prosperar em parceria com o Reuder da Morenta e o Jales (Show), a gente tem obrigação também de cobrar a execução e o cumprimento do contrato que prevê o cumprimento de todas as obrigações”, disse o prefeito que na semana passada, conforme foi publicada no Portal Atitude, mostrou sua insatisfação com empresa terceirizada.
O Portal Atitude apurou ainda que a empresa que terceirizou a organização da Praia é a Prosperar, a mesma que na semana passada foi denunciada pelo Ministério Público na operação ONGs de Papel. Segundo narra a denúncia, o grupo desviava recursos decorrentes das emendas parlamentares, que eram repassados pelo Poder Executivo estadual ao Ipros e depois transferidos à GM Locações, para então serem pulverizados aos operadores do esquema e a terceiros. Estas transações às pessoas beneficiadas ocorriam em movimentações financeiras menores, a fim de dificultar o rastreamento e encobrir a origem ilícita dos recursos.
Até o fechamento desta reportagem a empresa responsável não se manifestou sobre a situação, enquanto isso o acesso à praia continua bloqueado.