da redação
Segundo a polícia, foram presos por força de prisões preventivas mais dois membros do grupo, sendo eles um advogado e um servidor Penal administrativo. No último dia 27, na primeira fase da operação já havia sido preso o coautor, um homem de 41 anos de idade. Também foram cumpridos três Mandados de buscas e apreensões nos imóveis dos investigados.
“O grupo foi responsável por dezenas de estelionatos no Tocantins, sendo que a maioria deles relacionados a compras e venda de tratores e máquinas agrícolas com cheques sustados, sem fundos e documentos falsos. Ficou evidente nos autos a presença de “liame subjetivo” entre esses três investigados, os quais, vem agindo com estabilidade e permanência, já há algum tempo, na prática reiterada e contumaz de diversos crimes, inclusive, se enriquecendo ilicitamente”, destacou o delegado responsável pelo caso.
Conforme a investigação, o grupo procurava tratores e máquinas agrícolas em anúncios ou sites de revendas. Após localizarem os maquinários, eram realizadas a compra pelo grupo, cujos pagamentos eram feitos por meio de cheques. Posteriormente, o grupo sustavam os cheques e revendiam os tratores, na maioria das vezes, pela metade dos preços. O dinheiro era dividido integralmente entre o o grupo.
“Revelou as investigações, por meio de quebra de sigiloso telefônico e dezenas de outras provas que o advogado não tinha apenas uma relação entre advogado e cliente, mas sim coautor executor direto e mentor intelectual nas práticas dos delitos. Era ele a pessoa que arregimentava os clientes (possíveis vendedores e compradores de tratores), pagava os fretes para buscar as maquinas agrícolas objetos de crimes; pagava as comissões para os corretores; preenchiam os cheques usados nos estelionatos; executavam as potenciais vítimas que cometiam exercício arbitrários das próprias razões, na apreensões e retenções de seus próprios bens não pagos e expropriados ilicitamente, além de receber praticamente a metade das quantias proveitos dos dos crimes”, explicou a PC.
Ficou apurado ainda nas investigações que um dos investigados, há anos, vem aplicando golpes na praça, das mais várias formas, sendo os principais: compra de tratores e maquinas agrícolas usando documentos falsos e cheques fundos e sustados; estelionato eletrônico, por meio de simulação de Pix falso; estelionato na compra de gado e arrendamento de fazendas e estelionatos na compra de imóveis, com comprovantes de pagamentos de boletos falsificados.
De acordo com a PC, os últimos crimes praticados pelo mesmo ocorreram entre os meses de fevereiro e maio de 2023, onde foi feito em uma compra em uma concessionária, em Palmas, referente a um trator, no valor de R$ 780.000,00 reais. Para essa compra foi feito uso uso de documentos falsos e conversa enganosa. Também foi feito a compra de um trator e uma máquina agrícola na cidade de Dois Irmãos e Lagoa da Confusão, onde foi feito ouso de cheques sustados, causando prejuízo a vítima no valor de no valor de R$ 480.000,00 reais. Além desses, recentemente também foi comprado pelo grupo com cheques sustados tratores nas cidades de Aliança do Tocantins, Natividade e Novo Acordo .
“É oportuno ressaltar que consta no sistema da Polícia Civil dezenas de Boletins de Ocorrências, sendo todos relacionados a praticas reiteradas de Estelionatos. Esses BOs revelaram, de forma inequívoca, que esse investigado é contumaz na prática reiterada de estelionatos no Estado do Tocantins. Na tentativa de se livrar das penas do processo crime, WILLIAN JONATHAN tenta desqualificar o tipo penal do estelionato para desacordo comercial. Com isso, evitam que muitas das vítimas procurem a polícia e registrem os boletins de ocorrências pelo crime de estelionato”, informou a polícia.
Os investigados foram indiciados pelos crimes de Estelionato eletrônico; Estelionato qualificado na forma continuada, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro. Os presos foram custodiados na Casa de Prisão Provisória de Palmas, onde ficarão a disposição do poder judiciário.