Os irmãos suspeitos de praticarem golpes financeiros e estelionato chegaram a instalar outdoors em Palmas para ostentar e promover os negócios que a Polícia Federal considera ilegais. A suspeita é de que eles tenham movimentado R$ 10 milhões em um esquema de pirâmide, apenas nos últimos dois anos, enganando diversas pessoas e empresas. Segundo a PF, há três anos eles viviam de um salário mínimo.
da redação
A investigação da PF apontou o envolvimento de nove pessoas e duas empresas no suposto esquema. O grupo seria liderado pelos irmãos Gustavo Ramos Barbosa Santos e Guilherme Augusto Santos, com envolvimento de parentes.
“Na verdade existe uma investigação sobre supostos crimes financeiros praticados pelos meus clientes. Todavia eles já forneceram alguns documentos, alguns esclarecimentos e ao longo da investigação, com certeza vai restar demonstrada a idoneidade das operações que eles realizam”, afirmou o advogado Maurício Haeffner ao G1.
Nas redes sociais os irmãos ostentavam viagens internacionais, carros de luxo avaliados em R$ 1 milhão, aviões, motos, fotos com famosos, festas e muita curtição. Desde 2020 eles, inclusive, vêm espalhando outdoors pelas avenidas de Palmas.
Em 2020, uma das placas dizia: “Aqui mora Gustavo Ramos. Jovem milionário aos 21 anos”. Um outro anúncio, publicado recentemente, mostra a foto dos dois com os apelidos GustaWin e Rey do Money ao lado de sacos e pilhas de dinheiro.
Toda essa farra levantou suspeita da Polícia Federal, tendo em vista que há poucos anos os irmãos levavam uma vida humilde em Palmas. “Nos últimos seis meses, um ano, eles fizeram quatro a cinco viagens para o exterior. A gente vê uma ostentação desenfreada de pessoas que até três anos atrás viviam com um salário mínimo”, relatou o delegado Thiago Scarpellini.