da redação
Segundo a Polícia Civil, na ação foram cumpridos 39 mandados de prisão preventiva, 59 buscas e apreensões, quatro ordens de suspensão de atividades econômicas de empresas utilizadas para lavagem de dinheiro, sequestro de 14 veículos e quatro imóveis, além do bloqueio de R$ 25 milhões.
A polícia recebeu a notificação de que, durante a incineração de drogas realizada pela Delegacia Especializada da Fronteira (Defron), no dia 19 de abril, em Cáceres, havia embalagens de drogas violadas. De acordo com a polícia, em alguns envelopes tinha substituição de parte do material, com areia e gesso, por exemplo.
A corregedoria determinou inspeção à sala da Defron, onde são armazenadas as drogas apreendidas, e também foi encontrada uma embalagem de plástico violada com diversos tabletes de isopor.
A equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) fez a análise de todos as embalagens no local, assim como as embalagens violadas durante a incineração. O laudo indicou que a droga apreendida, lacrada e armazenada na Defron foram substituídas.
Durante as investigações, a polícia identificou a participação de cinco policiais civis e seus auxiliares, de traficantes que compravam e transportavam o material, e outros pessoas responsáveis pela lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, os cinco policiais trabalhavam na 1º Delegacia de Polícia de Cáceres e na Defron. Foi pedido mandados de prisão preventiva dos investigados. Um dos envolvidos, foi preso no mês de agosto, em outra operação realizada pela corregedoria.
A polícia também apurou que a droga e o dinheiro eram enviados para Uberlândia, na “rota caipira” e para o Nordeste, sendo utilizadas empresas para lavar o dinheiro nos estados de Tocantins e Mato Grosso.