Foi realizada na tarde desta quinta-feira, 19, na sede da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), uma oficina voltada para educadores vinculados à Diretoria Regional de Educação (DRE) de Palmas. Com o tema Gênero, o encontro contou com cerca de 30 educadores, entre professores, orientadores e coordenadores pedagógicos e abordou temas sensíveis ao cotidiano escolar, como igualdade de gênero e respeito mútuo.
Utilizando uma abordagem leve e dinâmica, a representante do Banco Mundial, Karla Dominguez Gonzalez, tratou do tema central da oficina com atividades lúdicas e muita troca de informação entre os presentes. Para a ministrante da oficina, a meta é promover uma grande conscientização para que problemas sérios como a discriminação de gênero, o preconceito e a violência sejam erradicados.
“É importante que cada um de nós sejamos conscientes, para que possamos conscientizar todos os níveis da sociedade, sejam pais, professores, estudantes e autoridades”, destacou Karla.
A oficina tem a mesma abordagem do Seminário Gênero, realizado no município de Colinas, no início da semana. O seminário é uma das partes do Programa Estrada do Conhecimento (PEC), que visa promover uma mudança física e social em escolas de municípios localizadas às margens da BR 153.
“Nossos educadores têm que estar preparados para lidar com questões como a violência, o bullying e questões de gênero. Essa é uma gama de questões delicadas e que envolvem alunos, pais e comunidade escolar”, destacou a diretora de Desenvolvimento da Gestão Educacional, Valdete Pagani – coordenadora estadual do PEC.
Além de provocar nos participantes um olhar interno sobre as concepções de gênero e igualdade, a oficina promoveu uma grande troca de informações sobre experiências vividas em sala de aula.
A orientadora educacional Amanda Emilene Arruda, do Colégio Estadual Don Alano Marie Du Nodai, destacou a dificuldade em implementar políticas de igualdade de gênero nas escolas. “Vivemos em um país extremamente conservador e extremamente machista. É dentro da escola que vivemos grande parte do tempo, formando seres humanos e nos questionamos que seres humanos estamos formando. Nós, que vestimos a camisa do respeito, somos a minoria”, destacou.