Aderson Barros foi destaque da equipe brasileira na Argentina onde conquistou uma medalha de ouro e quatro de bronze
por Redação
Aderson Carvalho Barros é artista plástico, tem 43 anos e foi transplantado pela equipe da Fundação pró-Rim, no Hospital Municipal São José, em Joinville, há um ano e meio. Para manter a forma, participou da corrida de rua promovida em 2017 pela instituição. A partir daí que tudo começou. Gostou tanto de correr que após alguns meses de treinamento, decidiu participar dos IX Jogos Latino-Americanos para Transplantados, na cidade de Salta, na Argentina, entre 30 de outubro e 04 de novembro.
Antes de ficar doente, Aderson gostava de jogar futebol nos fins de semana. Mas, nunca foi atleta competitivo. Agora, neste evento, mostrou as suas habilidades e surpreendeu a todos com índices impressionantes. Foi destaque da equipe brasileira e conquistou cinco medalhas, sendo uma de ouro e as outras de bronze, em diversas provas de resistência e velocidade. A delegação brasileira ganhou ao todo 47 medalhas.
Onze países, representados por 350 atletas transplantados de todos os tipos de órgãos como: rim, fígado, pâncreas, pulmão e coração, participaram da competição. O Brasil ficou em segundo lugar, atrás da Colômbia. Aderson lamenta que na prova dos 200 metros, estava bem à frente do segundo colocado e iria conquistar a segunda medalha de ouro, mas, acabou tropeçando pouco antes de cruzar a linha de chegada. Mesmo assim, ficou com o bronze. “Fiquei triste por perder a medalha principal e ao mesmo tempo feliz por não ter me machucado”, avaliou.
Ele morava em Palmas (TO) quando perdeu a função renal em 2014. Foi para Joinville em busca do transplante. Morou dois anos na cidade e agora voltou para Palmas. “O que valeu a pena foi conseguir passar a mensagem da importância do exercício físico para manter a forma do transplantado, mesmo em curtas caminhadas”, diz o medalhista.
Agora ele quer se preparar para baixar ainda mais o tempo e conquistar outras medalhas no mundial desta categoria, que acontecerá no ano que vem em Newcastle, na Inglaterra. “Desta vez vou ter mais tempo para treinar e chegar mais preparado a esta competição”, garante.