De acordo com a Polícia Militar, Raquel Pinheiro Souza, 22 anos, tinha problemas mentais e morava sozinha no setor Aliança e o seu corpo foi encontrado por um vaqueiro dentro de um matagal próximo ao setor que ela morava. “Encontraram ela dentro de um pasto próximo a estrada vicinal que dá acesso a Figueirópolis e a um córrego onde as pessoas usam para tomar banho. Ela estava de bruço com o rosto dentro de uma poça d’água com um pedaço de madeira em cima da costa, um fio enrolado no pescoço e ainda amarram um pano na boca dela”, disse o Tenente Azevedo. O corpo Raquel Pinheiro foi encaminhado para o IML de Gurupi para fazer a necropsia para identificar a causa da morte.
A Polícia também investiga indícios de Raquel Pinheiro ter sido asfixiada pelo arame e sofrido abuso sexual. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar e chegar autor do homicídio, pois até o momento ainda não tem nenhum suspeito.
Feminicídios:
Com o homicídio de Raquel Pinheiro Souza, 22 anos, soma três mortes de mulheres nas região Centro e Sul do Tocantins em menos de um mês. O primeiro caso aconteceu no dia 07/12 quando a professora Heyde Aires foi encontrada morta com quatro perfurações de faca dentro da sua residência em Palmas e faltando três dias para completar um mês o caso ainda não foi esclarecido à população. Outro caso de violência contra mulher e que também chocou a população aconteceu no dia 21 de dezembro quando Gleydiane de Souza Lima, 25 anos, teve 70% do corpo queimado por Valdinei Pereira Lopes. Gleydiane não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia 27 de dezembro.
Os números comprovam as estatísticas do grande número de feminicídios no Tocantins, pois segundo levantamento do IPEA, o mais novo Estado da Federação está a acima da média nacional, pois ocupa a 11ª posição dentre os 27 Estados e Distrito Federal na taxas de feminicídio. A pesquisa mostra que no Brasil a média feminicídios por 100 mil mulheres é de 5,82 e no Tocantins o número chega a 6,75.