Assim como o juiz e um dos criadores da Ficha Limpa, Márlon Reis, a candidatura de nomes ligados ao Poder Judiciário sinalizam o início da desconstrução de muitos conceitos da tradicional política do Tocantins e no cardápio das urnas, tudo indica que neste ano não faltará opções de escolhas para o eleitor. Mário Lúcio Avelar é o procurador da República que ficou reconhecido nacionalmente depois de colocar Jader Barbalho na prisão em 2002 e, agora, em março de 2018 se afastou do cargo para disputa eleição ao governo do Tocantins.
por Wesley Silas
Depois de ter sinalizado em 2014 uma candidatura ao Governo do Tocantins pelo PPS, o procurador da República licenciado, Mário Lúcio Avelar, se tornou neste ano o principal nome do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) para disputar o governo do Tocantins e neste sábado, 14, o partido fará um evento para solidificar a pré-candidatura de Avelar no Hotel Castelo, na capital Palmas.
Tendo atuado no Tocantins durante muitos anos e em outras unidades da federação, Avelar ganhou projeção nacional por conduzir investigações que envolveram figuras graúdas da política nacional como Jader Barbalho e Roseana Sarney muito antes da Operação Lava Jato. Em razão de sua ligação com o Tocantins e em reconhecimento ao trabalho prestado, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) convidou-o para ser candidato ao governo.
Ciente do enorme desafio que representa a candidatura ao Palácio Araguaia, Avelar afirmou “todos nós temos um sentimento de inconformismo com a situação política, econômica e social do país e do Estado. Precisamos participar do processo e o PSOL é um partido que tem compromisso com a ética e com a realização de mudanças exigidas na linha da justiça social, do desenvolvimento integral e do combate à pobreza”, afirma Mário Lúcio Avelar, que estreará oficialmente nas urnas. “A nossa candidatura é a única verdadeiramente independente e sem compromissos com os grupos políticos tradicionais que levaram o Tocantins à instabilidade política e à crise social e econômica”.
Para Edgar Gomes, presidente estadual do PSOL, o momento atual cobra posicionamento político. “Muita gente, das mais diferentes partes do Estado, está se filiando ao partido. Temos sido procurados, em especial e de forma espontânea, por jovens”, afirma o dirigente. Desde que assumiu o posto há um ano, o dirigente viu dobrar o número de pessoas filiadas à legenda. Esse aumento, lembra ele, segue tendência verificada também em nível nacional. Levantamento feito pelo portal UOL no final do ano passado revelou que o PSOL foi o partido que teve a maior alta (20%) entre todos os 35 partidos registrados na Justiça Eleitoral, com 25 mil novas filiações ao longo de 2017.
Na opinião de Gomes, “a política que o PSOL escolheu trabalhar, que é junto com os movimentos sociais, tem se mostrado correta e tem inspirado confiança”. “Todo mundo que se elegeu no Tocantins explorou o campo da esquerda para ter os votos necessários para chegar ao poder. Chegou a hora de termos a nossa própria candidatura”, completa.
Fonte: Assessoria de Comunicação do PSOL