Em entrevista ao Portal Atitude, o senador eleito, Irajá Abreu (PSD) falou sobre as eleições presidenciais, comentou sobre os 08 anos como deputado federal em que ele defendeu a aposentadoria dos trabalhadores e, em relação a sua mãe, senadora Kátia Abreu (PDT) ele disse que apesar ter aprendido valores como o respeito: “o cargo público é do povo do Tocantins e não do político”.
por Wesley Silas
O deputado federal, Irajá Abreu (PSD) se tornou o senador mais jovem da história do Tocantins após vencer a eleição de outubro quando ele concorreu com os senadores Ataídes Oliveira (PSDB) e Vicentinho Alves (PR) e obteve a vitória com resultado expressivo de 214.355 votos, abaixo apenas do ex-deputado federal Eduardo Gomes que teve 248.358 (19,48%) votos. Os dois passaram a representar dois terço da inovação que o Tocantins terá a partir de 2019 no Senado Federal.
Qual a sua opinião sobre o resultado da sua votação, onde o senhor fez uma campanha silenciosa e alcançou o êxito de ser o mais jovem senador eleito pelo Tocantins?
Fiquei muito orgulhoso de ter sido eleito o senador mais jovem da história do Brasil, com 35 anos. Nos meus 8 anos como parlamentar garanti obras para 106 municípios do Tocantins e fui responsável por dezenas de projetos de leis relevantes para nossa população, defendi a aposentadoria dos trabalhadores e votei contra a corrupção. Meu trabalho prestado me permitiu ter a confiança de 214.355 votos de esperança.
Pelo fato do senhor ser filho da senadora Kátia Abreu, como vocês irão trabalhar no Senado sem que este vínculo familiar não interfira na atuação nos interesses da nação?
A minha história de vida prova que eu entrei na política para fazer a diferença. A minha mãe foi uma pessoa muito importante pra minha criação, aprendi valores com ela como respeitar as pessoas, ser responsável e ter compromisso, mas, acima de tudo, aprendi que o cargo público é do povo do Tocantins e não do político. Como deputado federal honrei a confiança que o Tocantins depositou em mim e trabalhei e votei sempre respeitando a vontade da nossa população. E como senador vou continuar trabalhando dessa forma.
Qual o seu posicionamento sobre questões logística de transporte do Tocantins como as ferrovias norte e leste oeste. Assim como a travessia da ilha do Bananal (que liga o TO e MT) para que possa ser transformado em um projeto estrutural que ofereça condições dignas de vidas para o desenvolvimento humano-econômico dos índios da ilha do Bananal e de todo Estado. Levando em conta que aquele lugar se tornou uma espécie de parque temático do atraso humano com exploração ambiental insustentável que pouco alivia melhorias na qualidade de vida e desenvolvimento da cultura indígena que estão distantes de serem inseridos num processo de aculturação responsável.
Temos uma luta na Câmara Federal que levarei para o Senado, que é a conclusão da rodovia federal BR-010, que corta o Tocantins de norte a sul, e existem muitos trechos a serem concluídos, e a rodovia federal BR-235, que corta de leste a oeste, passando pela região de Pedro Afonso, que ajudará escoar toda a produção do Tocantins para o nordeste brasileiro.
Para finalizar. Como o senhor avalia o momento político do Brasil neste momento onde há uma divisão entre o socialismo implantado pelo PT do candidato Haddad com liberalismo defendido pelo Bolsonaro.
A política brasileira passa por um momento delicado, e o candidato que vencer as eleições para presidente terá a missão de unir a população e fazer ações urgentes para retomada do crescimento do país, independente da bandeira partidária.