por Redação
São 117 famílias composta por cerca de 1,2 mil pessoas que vivem da agropecuária e do extrativismo. O quilombo tem sua origem datada de 1871, quando Dom Pedro II presenteou o negro Félix José Rodrigues por lutar na Guerra do Paraguai. O território pertence à família dos Rodrigues há 150 anos. Entretanto, a comunidade formalizou sua associação em 2004 e deu início ao processo que originou a titulação definitiva com o Termo de Permissão firmado em 2006. O processo de titulação foi conduzido pelo Instituto de Terras do Tocantins (Itertins).
O governador Mauro Carlesse destaca que a entrega do título é uma vitória para a comunidade e para o estado do Tocantins.
“É uma honra poder entregar este título histórico ao quilombo Barra da Aroeira, que tem lutado há dezenas de anos por esse direito sobre suas terras. É minha obrigação tornar este sonho realidade para estas pessoas, que são trabalhadoras e guerreiras, que lutam dia e noite para sustentar suas famílias”, destaca o Governador.
Histórico
Atualmente, centenas de quilombolas são herdeiros do patriarca Félix José Rodrigues, que deixou um território de “12 léguas em quadra”, ou 79,2 mil hectares, no norte de Goiás (atual estado do Tocantins).
Ao longo da história, fazendeiros foram se instalando nas proximidades, tomando parte do território. Os descendentes de Rodrigues ocupam atualmente apenas 12% da área original.
Desde o início da década de 1980, a comunidade iniciou a mobilização para o reconhecimento das terras. Assim, o grupo intensificou contatos com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porto Nacional, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Grupo de Consciência Negra do Tocantins (Gruconto) e a Comunidade de Saúde, Desenvolvimento e Educação (Comsaúde).
O Tocantins possui 38 comunidades quilombolas certificadas.