Por Redação
Em nota técnica, a Pasta aponta que, de 40 casos prováveis e confirmados de Síndrome de Trombose com Trombocitopenia distribuídos por dose de vacina para covid-19, 34 foram atribuídos à vacina da AstraZeneca. No Brasil, a produção do imunizante cabia à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mas o contrato com o laboratório anglo-sueco não foi renovado.
Anteriormente, estudos indicaram que o imunizante estava associado à formação de coágulos em alguns pacientes, principalmente mais jovens. Em alguns países da Europa, a vacina deixou de ser utilizada em menores de 30 anos.
AstraZeneca: benefícios x reações
Em março de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou que os benefícios da vacina se sobressaem em relação aos efeitos colaterais. A instituição também ressaltou que “eventos tromboembólicos podem acontecer com frequência”, e que “o tromboembolismo venoso é a terceira doença cardiovascular mais comum em todo o mundo.”
Na época, a própria Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também se pronunciou sobre as vacinas da AstraZeneca/Oxford, afirmando que “os dados não apontam alteração no equilíbrio benefício‐risco da vacina” e que “recomenda a continuidade do seu uso pela população brasileira.”
Vacina da Astrazeneca tem efeitos colaterais tardios?
De qualquer forma, os especialistas destacam que as pessoas que tomaram a vacina nos primeiros anos da epidemia não devem se preocupar com efeitos colaterais tardios, considerando que esses eventos adversos raros acontecem nos primeiros 14 dias após a vacinação.
Os profissionais da área da saúde ressaltam que a vacina não permanece no organismo e esse vetor viral é eliminado, restando os efeitos da vacina, que são a imunidade e a geração de corpos neutralizantes e de resposta celular.
Logo, é possível concluir que não existe nenhuma preocupação no momento para quem tomou a vacina no passado. Esses efeitos são raríssimos e dificilmente detectados em estudos de fase 3.
Fonte: RFI, Ministério da Saúde