O Assistente Administrativo, Magno Antônio , relatou ao Portal Atitude, o sofrimento da família que saiu de Uruaçu (GO) para aproveitar a praia Recanto da Ilha em Formoso do Araguaia, no Rio Javés, e voltou com a filha, Ana Beatriz, morta.
Ele afirmou que por volta das 14h:30min da sexta-feira duas pessoas em um barco, sendo um deles o pai de Ana Beatriz e o outro um tio, aproximaram com um barco no acampamento em que ele estava pedindo ajuda para localizar a criança que havia sumido.
“O pai da criança me perguntou se havia algum bombeiro em nosso acampamento eu disse que não. Em segunda perguntei do que se tratava e em desespero, o pai mal conseguia falar e dizia que já tinha quase duas horas que procurava a sua filha “Cata” e pediu ajuda em nosso acampamento, devido ao porte da estrutura montada. Em seguida ligamos para o 190 e também para amigos ligados ao comando da Polícia Militar de Palmas para agilizar a busca da criança – em meio ao todo aquele desespero”, disse Antônio.
“Em seguida descemos para o local e iniciamos as buscas e nós mesmo mergulhamos , fizemos uma arrastão passamos rede e tudo que poderíamos fazer por eles fizemos até as 19hrs , pois foi horário que permitia que fizéssemos isso. Às 20h o Corpo de Bombeiro chegou e olhou local e os levamos para dormirem em nosso acampamento para que no dia seguinte (sábado) pudéssemos fazer novas buscas”, explicou.
De acordo com Magno Antônio as buscas reiniciaram na manhã do sábado, 18, e o corpo de Ana Beatriz foi encontrado por um tio da garota às 10h40min.
“Mergulhamos até as 10:30 e às 10:40 o corpo foi encontrado por um tio da vítima em um local muito, mas muito, abaixo de onde a criança se afogou. Não tinha nenhuma perfuração nem deformação. Ela estava mole ainda e peixes não mexeram”, disse.
Colchão inflável como bóia
É muito comum o uso de colchão infláveis como boas e o que gera uma falsa tranqüilidade para os banhistas durante os momentos de diversão e a sensação de segurança já tem provocado vários afogamentos em diversas praias do País. Foi o que aconteceu com Ana Beatriz, pois, segundo Antônio Magno, no momento do afogamento, ela e outras três crianças estavam sem coletes salva-vidas em cima de um colchão de ar.
“Ela tomava banho perto da família em um colchão de ar junto com três crianças. O pai dela havia colocado um pau dentro da água e determinou para que elas não passassem daquele ponto, pois era fundo. O pai afirmou ainda que iria retirar as crianças em cinco minutos e em seguida começaram a gritar que uma criança tinha caído do colchão e estava se afogando. As pessoas não sabiam nadar e fizeram a busca no momento, mas a correnteza e muito forte”, disse.