A equipe de basquete da Associações Gurupi Amigos Basketball em Gurupi (Agab) em cadeiras de rodas se prepara para o amistoso que será realizado às 10h30min do próximo sábado (19) na Sede da AGAB de Gurupi. “No basquete consegui encontrar um novo caminho do esporte e principalmente reconquistar a minha autoestima”. Relata o cadeirante Nilson, após se reencontrar no esporte depois de um acidente.
por Wesley Silas
De acordo com o coordenador da AGAB, Glauco Flores Stohler, desta vez a Agab terá o desafio de receber e vencer em solo gurupiense, a equipe Reviver de Palmas. “Em agosto foi realizado o amistoso na Capital do Estado onde a Agab saiu vencedora no desafio. Agora, a equipe está treinando com todo o gás para defender a cidade de Gurupi, ainda mais em casa, mas, para isso, contará com ajuda da torcida. Os alunos estão preparados e motivados e ainda contam com a experiência, pois o time de Palmas foi formado recente”, avalia Glauco Flores.
O atleta Nilton, falou sobre a experiência no basquete e como uma modalidade que influencia na sua rotina de cadeirante. “A minha vida mudou completamente após um acidente. Eu sempre fui atlético, gostava bastante de praticar atividade física, mas meu sonho não foi interrompido. No basquete consegui encontrar um novo caminho do esporte e principalmente reconquistar a minha autoestima”. Relata.
Sobre a AGAB
No dia 20 de Novembro de 1997, surgiu a AGAB (Associação Gurupiense dos Amigos do Basquetebol). A ideia de criação foi do promotor de justiça, Dr. Ricardo Vicente, e desde então, tem como missão tirar crianças das ruas e do risco da marginalidade e transformá-las em pessoas disciplinadas, bem intencionadas e cidadãos. Para isso, A Agab usa o o basquete e atualmente a Associação atende mais de 2.500 crianças. Além do Basquetebol trabalha com outra modalidades esportivas como tênis de mesa, handebol e badminthon.
Basquete em Cadeira
Surgida no final da década de 40 entre ex-soldados do exército norte-americano feridos durante a Segunda Guerra Mundial, a modalidade esportiva chegou ao Brasil pouco tempo depois. No Tocantins, a modalidade é uma referência para atletas de outras modalidades adaptadas e também torcedores do segmento esportivo.
O basquete em cadeira de rodas foi a primeira modalidade a ser praticada em jogos paralímpicos e é uma das poucas presentes em todas as edições das Paralimpíadas.