Três dias após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e ser internada em Buenos Aires, Argentina, a reitora da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Isabel Auler, apresentou neste domingo (29) leves indícios de melhora no quadro neurológico, que se mantém estável e com sinais vitais preservados. Apesar disso, ela segue em coma induzido e seu estado ainda é grave, conforme informações do médico e professor da UFT Neilton Araújo de Oliveira, que acompanha o caso diretamente com a família de Isabel e a equipe médica que atende a reitora na Argentina.
“Seguimos na expectativa de evolução do quadro nestas 48 horas, com a redução gradativa da sedação, mas com os indícios de melhora progressiva que estão sendo observados é bastante grande a possibilidade de amanhã [segunda-feira] ser retirada a entubação. Assim será possível avaliar movimentos e reflexos da paciente com mais clareza, e também investigar fatores associados ou causadores do AVC”, explica o médico.
Entenda o caso
A reitora Isabel Auler viajava em férias com o filho, Renato Auler, quando sofreu o derrame na última quinta-feira (26). Ela está internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Fundación para la Lucha contra las Enfermedades Neurológicas de la Infancia (Fleni), e agora também é acompanhada pela filha, Claudia Auler, professora e coordenadora do Curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da UFT no Câmpus de Gurupi, que chegou a Buenos Aires na madrugada de sábado (28).
Mobilização
Estudantes, técnicos-administrativos e professores da UFT permanecem em vigília, aguardando as melhores notícias sobre o estado de saúde da reitora.
Nesta segunda-feira (30), às 17h, um culto ecumênico irá reunir alunos, colegas da universidade, familiares e amigos no auditório do Cuica, em Palmas, para orações pela pronta recuperação de Isabel.
Paralelamente, a equipe de gestão da UFT segue mobilizada e em permanente articulação junto à família da reitora na resolução de questões práticas e burocráticas, inclusive na busca de apoio institucional do consulado e da embaixada brasileira na Argentina, além de outras instituições e órgãos relacionados do governo Federal e do Estado do Tocantins, no sentido de agilizar esforços e providências que viabilizem a continuidade do tratamento em Buenos Aires ou a transferência assistida da reitora de volta ao Brasil, na qualidade de autoridade brasileira, conforme o que for mais indicado pela equipe médica que a acompanha.
Instituições como a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB) estão em contato com os gestores da UFT e já manifestaram solidariedade e apoio diplomático no caso, porém seguem as tratativas e a expectativa por providências que deverão avançar a partir desta segunda-feira (30). (Ascom UFT)