Os dois acusados de executarem o empresário Wenceslau Gomes Leobas de França Antunes, dono de uma rede de postos de combustíveis em Porto Nacional e região, irão a júri popular.
A decisão, que atendeu aos pedidos do Ministério Público Estadual (MPE), foi proferida no dia 26 de fevereiro, determinando que Alan Sales Borges e José Marcos de Lima se submetam ao Tribunal do Júri. Também foi mantida a prisão cautelar dos dois réus.
O crime ocorreu na cidade de Porto Nacional, em janeiro de 2016, causando grande comoção na comunidade local. Teria sido motivado por interesses financeiros, já que Wenceslau Gomes estava instalando um posto de combustíveis em Palmas, onde praticaria preços inferiores aos de seus concorrentes, entre os quais está Eduardo Pereira, acusado de ser o mandante do crime.
Consta na acusação que a dupla teve como promessa de pagamento pelo homicídio o valor de R$ 350 mil. De acordo com o Promotor de Justiça Abel Leal, Wenceslau Gomes já possuía um posto de combustíveis em Porto Nacional, no qual os preços são inferiores aos cobrados na cidade. Por esse motivo, ele teria sido procurado anteriormente por Eduardo Pereira (então presidente do Sindposto e proprietário de postos de combustíveis em Porto Nacional e Palmas), que lhe propôs um esquema de alinhamento de preço para anular a concorrência e aumentar a margem de lucros. Wenceslau Gomes teria rejeitado a proposta.
Tempos depois, após “Vencim” dar início à instalação de um posto de combustíveis na Capital, Eduardo Pereira haveria passado a ameaçá-lo de morte. As ameaças teriam se intensificado na semana anterior ao homicídio.
Em junho de 2016, o Poder Judiciário aceitou a denúncia do MPE contra o empresário Eduardo Pereira. O processo contra o ex-presidente do Sindposto tramita separadamente ao dos supostos executores e tem audiência de julgamento prevista para o mês de maio deste ano.