Na próxima quarta-feira, 05, acontece às 19h30min no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Gurupi (CDL), uma palestra com a Presidente do Observatório Social de Palmas, Ana Isabel Friedlander, que irá dar os primeiros passos para criar um Observatório em Gurupi. “A nossa parte é transformar a indignação que a gente fica quando a gente ver algumas coisas erradas, em atitudes de verdade”, explica Ana Isabel em entrevista ao Portal Atitude.
por Wesley Silas
“Vamos fazer uma palestra para começar a mostrar a metodologia, quais são os passos da criação e será a primeira investida do Observatório, pois, sabemos que Gurupi está com algumas organizações que estão de olho na educação fiscal, na Câmara Municipal e tem tudo a ver com o Observatório Social”, explica a Presidente do Observatório Social de Palmas (OS), Ana Isabel.
Segundo Ana Isabel, depois de Palmas e Araguaína, as cidades de Gurupi, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins caminham para criar Observatório Social, considerado um espaço democrático de baixo para cima e apartidário com o objetivo de contribuir para a melhoria da gestão pública em favor da transparência e da qualidade na aplicação dos recursos públicos.
“É uma organização extremamente importante, na medida que o cidadão é parte do processo da gestão pública, pois às vezes a gente elege e não acompanha os trabalhos dos nossos dirigentes municipais. Então, o trabalho do Observatório é muito interessante para educação fiscal, acompanhar os atos públicos, reconhecer a nossa cidadania e é um apoio para gestão e, não é uma briga com o gestor público”, explica.
Ana Isabel considerou que o movimento Participa Gurupi desenvolve um importante trabalho na fiscalização e atuação dos trabalhos na Câmara e na Prefeitura Municipal.
“O importante é que em Gurupi já tem um trabalho iniciado e a gente aqui (Palmas) não tinha uma iniciativa tão boa. O observatório agora vai ver um pouco a metodologia que é aplicada nacionalmente onde já temos 120 observatórios montados, com experiências e informatizados que podem auxiliar os trabalhos em Gurupi”, disse.
Ela lembra que o as ações do Observatório vai de encontro com o pensamento da Justiça Eleitoral por meio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que neste ano lançou a campanha que leva o mote “Cobre, fiscalize, participe. A cidade é sua, é de todos nós!”.
“Aquela campanha tem tudo a ver com os trabalhos que temos feito. A nossa parte é transformar a indignação que a gente fica quando a gente ver algumas coisas erradas, em atitudes de verdade. Para os bons políticos nós somos ótimos porque damos visibilidade, agora para os ruins que querem vantagens, o observatório incomoda e atrapalha”, explica.
Assim como tem acontecido nas 120 cidades que já possuem o Observatório Social, o de Gurupi está sendo criado por empresários, profissionais, professores, estudantes, funcionários públicos e outros cidadãos que, voluntariamente, entregam-se à causa da justiça social.
“Vai ser formado por pessoas diversificadas sendo que uns irão fazer os cursos sobre licitação e outros vão fazer educação fiscal, acompanhar a Câmara Municipal e ficar de olho no que os vereadores estão fazendo. O ideal é que o observatório consiga absorver os trabalhos de qualquer pessoa que queira ajudar”, explica.
Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Gurupi, Adailton Fonseca, lembra que a última reunião que aconteceu em Gurupi foi prestigiada por várias pessoas, dentre elas o empresário e ex-presidente da ACIG, Jaime Xavier e o advogado Antônio Carlos.
Com este objetivo reunimos na semana passada na ACIG com um grupo de empresários, advogados, contadores, administradores, professores e cidadãos comuns, para discutirmos a possibilidade de implantação do Observatório em Gurupi. Fruto desta reunião e da disposição do OSB Palmas em nos trazer informações, estaremos realizando uma palestra com sua presidente na próxima quarta-feira as 19:30h na CDL Gurupi, com o objetivo de apresentar o Observatório Social à sociedade gurupiense”, disse Adailton.
Como Funciona?
Atuando como pessoa jurídica, em forma de associação, o Observatório Social prima pelo trabalho técnico, fazendo uso de uma metodologia de monitoramento das compras públicas em nível municipal, desde a publicação do edital de licitação até o acompanhamento da entrega do produto ou serviço, de modo a agir preventivamente no controle social dos gastos públicos. Além disso, o Observatório Social atua em outras frentes, como:
- a educação fiscal, demonstrando a importância social e econômica dos tributos e a necessidade do cidadão acompanhara aplicação dos recursos públicos gerados pelos impostos.
- a inserção da micro e pequena empresa nos processos licitatórios, contribuindo para geração de emprego e redução da informalidade, bem como aumentando a concorrência e melhorando qualidade e preço nas compras públicas.
- a construção de Indicadores da Gestão Pública, com base na execução orçamentária e nos indicadores sociais do município,fazendo o comparativo com outras cidades de mesmo porte. E a cada 4 meses realiza a prestação de contas do seu trabalho à sociedade.