Durante o julgamento em que Bruno foi absolvido, o Conselho de Sentença apoiou a tese de ausência de materialidade do crime de corrupção de menor apresentado pela defesa, que no ato estava representada pela Defensoria Pública, e, deliberou pela absolvição das acusações dos crimes de homicídio qualificado e de corrupção de menor. Após ler a sentença o Juiz, Dr. Ademar Alves, determinou imediata soltura de Bruninho.
Na decisão, os desembargadores da 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Tocantins determinaram que Bruno deve ser submetido a um novo julgamento pelo conselho de sentença, pelo fato de que o julgamento teria ocorrido contrário à prova dos autos. O novo julgamento está previsto para acontecer ainda este ano, mas não tem data determinada ainda.
Silêncio das testemunhas
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Após o julgamento, o Promotor de Justiça, Caleb Melo, responsável pela acusação, chegou a afirmar ao Portal Atitude que os jurados acolheram a tese da defesa devido haver dúvidas da autoria do crime devido a contradição de testemunhas. “Acredito que 50 testemunhas presenciaram este linchamento; mas, a sociedade tem muito medo de colaborar com a justiça. Infelizmente as testemunhas que aqui vieram disseram que tinham medo do réu. As testemunhas, a maioria, falaram que não viram por ter medo”, disse na época o promotor.
Na época, Caleb Melo aproveitou para criticar a omissão da sociedade quando se trata de testemunhar nos crimes violentos. “Acredito que falta um comprometimento maior da sociedade. Um crime bárbaro praticado na frente das pessoas e todos falam que não viram nada. Isso deixa o Ministério Público bastante preocupado com a imagem que a sociedade está tendo do aparato policial e do aparato judiciário”, disse.
O caso
O crime aconteceu no dia 20 de outubro de 2012 no Clube da Telegoiás quando o estudante Rogério de Araújo foi espancado na frente de várias pessoas por um grupo de jovens e apunhalado pelas costas. Na época a Delegada responsável pelas investigações chegou a afirmar que o crime aconteceu depois que estudante ter acenado positivamente para o acusado.
O caso chocou a cidade e no dia 28 de outubro de 2013, estudantes chegaram a fazer manifestações em Gurupi para pedir justiça e paz na cidade, pois foi um ano anormal devido aos vários assassinatos dentre eles de dois PMs, Cabo Lins e do sargento Leosmar Silva dos Santos.