(Wesley Silas) Continua o impasse e dúvidas na destinação de uma das áreas mais nobre de Gurupi. De acordo com o Secretário de Infraestrutura, Gerson Martins, há retalhamento nos desmembramentos da área prejudicando o município na diminuição do repasse de 35% de área institucional, conforme determina o Plano Diretor da cidade, que poderia ser repassada para o município construir, dentre outras finalidades, praças e escola de Tempo Integral, conforme anunciou o prefeito.
“Não foi feito o desmembramento da sua totalidade e existe um pedido para desmembrar parte para se construir um shopping e outra que foi negociada com o SESC/Fecomércio; mas, na verdade, falta um projeto na sua totalidade. Neste sentido o município está tentando ver se o empreendedor faz um projeto na sua totalidade em função de ser uma área nobre e está emperrando o desenvolvimento da cidade”, defende o secretário Gerson Martins.
Nós últimos anos várias área foram desmembradas, motivadas por ações judiciais de dívidas trabalhistas e vendas, como é o caso das áreas da construção da Igreja Assembléia de Deus e agora a venda de outra parte da área para o SESC/Fecomércio por R$ 3 milhões que está sendo intermediada pelo gerente da Secretaria de Produção e membro da diretoria da Fecomércio, Domingos Tavares.
No entendimento de Gerson Martins, o retalhamento dos desmembramentos prejudica também a parte estética do cenário Urbanístico da cidade. “Os vários desmembramos prejudicam na questão do urbanismo e perde em mobilidade. Falta definir áreas comerciais e residenciais. Prejudica os 35% da área institucional que seria destinada ao município em um projeto macro. Eu entendo que havendo um interesse por parte do empreendedor nesta questão, o município vai está sempre aberto para negociar”, disse Gerson Martins.
No entanto, o proprietário da área que envolve a instalações da antiga Indústria de Arroz Araguaia, Leonildo Araújo Pinto, afirmou à nossa reportagem que há três anos ele luta para que o Cartório de Registro de Imóveis de Gurupi regularize a área, que segundo ele, é composta por cinco chácaras e estavam cadastradas no cartório de Registro de Imóveis como área rural.
“Embora a Araguaia vem pagando imposto Territorial Urbano e agora foi regularizado junto a dona Marlene (dona do Cartório) e o prefeito que, inclusive assinou. Isso levou quase três anos para regularizar e atrasou a obra do shopping. Tanto é que vai ser feito um projeto novo que, até então, não pode ser feito porque não tinha condições em função do desmembramento da área que, segundo o nosso topógrafo, deverá ser desmembrada até a próxima sexta-feira e assim nós teremos condições para fazer as obras necessárias em toda área”, disse Leonildo.
Desapropriação da área
Leonildo afirmou ainda que não há nenhuma conversa de desapropriação da área pela prefeitura e, caso aconteça deverá ser decidida na justiça. “A nosso pedido, esteve em Gurupi um urbanista de São Paulo com o prefeito Laurez para debater a urbanização da área e o prefeito conversou longamente com ele e gostou da idéia do que ele propôs. Agora vamos tocar esta bola para frente”, disse.
Projeto para uso da área
De acordo com Leonildo Araújo existia um projeto para a construção de um shopping, mas, depois de uma pesquisa de mercado teve que ser refeito. “Uma empresa especializada em Shopping Center sugeriu para fazer um shopping menor. Além do shopping nós estamos comerciando com o Sesc (Fecomércio) uma área lá no fundo da Araguaia de 10 mil metros. Também pretendemos criar diversas áreas comerciais e, depois que estas áreas comerciais estiverem definidas, possivelmente, vamos fazer o loteamento residencial; mas, isso ai não está definido. O que está defino é o shopping e está área comercial onde vai ser feita diversas lojas em torno do shopping para atender outro tipo de comércio que não se instala em shopping e talvez vamos construir um prédio de escritório juto ao shopping”, explicou Leonildo.
Na mesma reunião, que teve a presença do secretário municipal de Produção e Cooperativismo, Pedro Dias Correia, do Secretário de Infraestrutura, Gerson Martins, e do vereador Jonas Barros, o Leonildo Araújo dá aval a projeto para ligar a Avenida Ceará com a Rua A4 do Setor dos Funcionários, solicitado pelo vereador Jonas Barros. O empresário afirmou ainda que pretende construir uma rua ligando a Avenida Goiás (saindo de frente ao quartel da PM) ao setor Nova Fronteira. Para isso, Leonildo propôs que a Prefeitura desaproprie parte da área da AGETRANS. “Quanto ao pedido envolve Estado e o empresário é difícil manifestar agora e atrelar uma com a outra. Mas, se convergir com a vontade do empreendedor com a questão legal do município eu vejo que a cidade ganha em mobilidade”, defendeu o secretário de Produção, Pedro Dias.