Uma bebê de 21 dias, filha única do casal Georton Flávio de Souza e Leidimar Sousa Pinto estava internada no hospital Materno de Gurupi e sofria de uma doença rara chamada Cardiopatia Congênita que é o defeito na estrutura e função do coração.
A família chegou a recorrer à Defensoria Pública e a Justiça acatou o pedido e determinou que Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) transferisse a recém nascida para um hospital especializado. Na sexta-feira, 15, a Sesau comunicou que havia conseguido a transferência para um Hospital no Estado do Paraná e na manhã deste sábado a bebê foi levada por um UTI Móvel ao Aeroporto de Gurupi e no caminho piorou o estado de saúde, obrigando a retornar e faleceu antes que chegasse ao Hospital Materno de Gurupi.
O que é?
Cardiopatia Congênita é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras 8 semanas de gestação quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca, mesmo que descoberto no nascimento ou anos mais tarde.
É o defeito congênito mais comum e uma das principais causas de óbitos relacionadas a malformações congênitas.
Nascem no Brasil aproximadamente 23 mil crianças com problemas cardiacos por ano, ou seja, a cada 100 bebês nascidos vivos 1 é cardiopata.
Desses 23 mil cardiopatas que nascem anualmente, pelo menos 80% necessitarão de uma cirurgia cardíaca, mas infelizmente cerca de 13 mil nao recebem o tratamento*, principalmente por falta de diagnostico ou vagas na rede publica.
A mortalidade decorrente das cardiopatias congênitas seria drasticamente reduzida se todos os cuidados pré e pós natais fossem devidamente instituídos.
A incidência de cardiopatia congênita é 8 vezes maior do que a Síndrome de Down.
*dados do Congresso Brasileiro de Cardiologia