“Brincadeira! A gente vem estudar aqui em Gurupi, rala, faz a p.. toda lá e esquece a gente. Sou um cara pobre e não escondo isso de vocês não e a gente veio com R$ 5,00 na carteira e o cara esquece a gente”, disse o acadêmico Hyago Bastos.
por Wesley Silas
Como se não bastasse a luta de viajar todos os dias 180 km de Alvorada a Gurupi para fazer um curso superior, na última segunda-feira, 31, o acadêmico Hyago Bastos foi obrigado a arriscar a própria segurança e caminhar por mais de duas horas durante a noite na BR-153 depois de ser esquecido pelo motorista do ônibus da Prefeitura de Alvorada.
Indignado, o acadêmico do segundo período de Educação Física, Hyago Bastos, postou um vídeo nas redes sociais para mostrar a sua indignação devido ao descaso da falta de controle e responsabilidade do poder público de Alvorada com os estudantes que necessitam de transporte escolar. O estudante teve que ser resgatado pelo seu pai depois de caminhar mais de duas horas pela rodovia BR-153.
“O motorista do ônibus de Formoso do Araguaia me deixou no trevo (entre Cariri e Fiqueirópolis) e eu tive que ir embora a pé às 01 da manhã e amanhã às 6h 30min eu tenho que estar no serviço”, disse o acadêmico no vídeo.
Ao site Claudemir Brito, o estudante relatou que os colegas que utilização o ônibus da prefeitura sentiram sua falta e chegaram a avisar ao motorista que ignorou os pedidos.
“Eu sou um cara brincalhão, todo mundo sentiu minha falta. Eu fiquei contrariado porque o motorista não deu atenção ao aviso dos meus colegas”, disse.
Contudo, a assessoria de comunicação da prefeitura de Alvorada, informou ao Portal Atitude que o acadêmico não respeitou os prazos estabelecido de retorno do ônibus de Gurupi para Alvoradas.
“O motorista não esqueceu o aluno. O transporte funciona da seguinte forma: o alunos sai de Alvoradas às 17h 10min. e o retorno marcado é para às 22h 30min. no local de partida e tem o limite de 10 minutos, excedeu este tempo de espera, esperou até às 23h e os demais alunos ficaram esperando, questionando com o motorista que todos trabalham no dia seguinte e teriam que seguir a viagem. Agora se ele teve algum imprevisto deveria comunicar o motorista ou seus colegas”, disse o assessor de comunicação da Prefeitura de Alvorada, Milton Tavares.