Arimateia Macedo
O ciclo hidrológico, ou ciclo da água, é o movimento contínuo da água presente nos oceanos, continentes e na atmosfera. Esse movimento é normalmente alimentado pela força da gravidade e pela energia solar, que em condições normais de temperatura e pressão provocam a evaporação das águas dos oceanos e dos continentes. Na atmosfera, forma as nuvens que, quando carregadas, provocam precipitações, na forma de chuva, granizo, orvalho e neve.
A água está sempre em movimento. E é graças a isto que ocorrem a chuva, a neve, os rios, lagos, oceanos, as nuvens e as águas subterrâneas.
O homem precisa de adaptar seu habitat em local saudável, confortável e atraente para viver e sobreviver. Dessa maneira transtorna o meio ambiente de forma que os fenômenos naturais também são alterados.
O desmatamento, a impermeabilização do solo nas cidades, o acondicionamento inadequado do lixo, a construção de barragens, etc., são ações que têm como consequência a adulteração do movimento natural da água, acarretando importante desarranjo no clima, e nas precipitações pluviométricas, levando a chuva em demasia para onde era escassa e diminuindo esse volume de chuva onde já tinha em quantidade abundante.
O planeta Terra, segundo alguns estudiosos, a bem da verdade deveria ser chamado de planeta Água. Tem uma quantidade fixa de água desde sua formação, que corresponde a 97,5% de sua superfície..
Desse total tem-se aproximadamente 3% de água “doce” ou água que, após tratamento adequado, pode ser usada para consumo animal. Ainda dessa percentagem tem-se acesso a apenas um terço dessa água. É a água que está presente nos rios, lagos, lençóis freáticos superficiais e atmosfera. Ademais está limitado a geleiras, calotas polares e lençóis freáticos profundos.
O Brasil detém, segundo alguns estudos, um percentual de 14 a 16% de toda água potável e possível de captar da terra. Talvez a maior potência aquífera do planeta. O que faz profetizar-se que em alguns anos as guerras ocorrerão devido a esse líquido precioso.
Vê-se atualmente seca no Sudeste Brasileiro, onde há alguns anos era tida como a região que mais regularmente tinha chuva. Verifica-se anos de seca no Norte Brasileiro onde raramente isso ocorria. A temperatura tem se comportado de maneira inacreditavelmente diferente do habitual em todo território nacional.
E o que o título desse texto tem a ver com isso? Simples. Tudo que foi escrito nos parágrafos anteriores vê-se, ouve-se, comenta-se diariamente, e há muito tempo, e ninguém presta atenção. Faz-se “ouvido de mercador”.
Gurupi e o Tocantins não estão fora desse contexto. A SANEATINS ou Odebrecht Ambiental independente como denomine-se, precisa urgente de tomar atitudes, promover ações que proteja a sociedade tocantinense dos vexames que São Paulo passa atualmente.
![Arimateia-150x150 Fazendo "ouvidos de mercador" Arimateia-150x150 Fazendo "ouvidos de mercador"](http://www.atitudeto.com.br/wp-content/uploads/2015/02/Arimateia-150x150.jpg)
A Odebrecht Ambiental precisa, independentemente de não se ter ainda falta de água em Gurupi, tomar medidas importantes para proteção da represa da SANEATINS e seus córregos e rios afluentes, diminuir as perdas com vazamentos, fiscalizar o consumo, sobretaxar quem usa água tratada para lavar calçadas, veículos, etc., incentivar com redução de tarifas quem colaborar com a economia da água, além de coletar e tratar a água utilizada. Tomar medidas que diminua os riscos da sociedade gurupiense ser surpreendida pela falta ou por racionamentos de água.
Quem faz “ouvidos de mercador” perde as promoções importantes nas feiras da vida. Que a Odebrecht Ambiental não faça “ouvidos de marcador”. Leia, e escute esse alerta.