(Wesley Silas) Hoje amanheci com o pensamento no livro de Gênesis na parte que relata, por meio da revelação divina, a origem da humanidade e da terra. Especificamente no capitulo 18 e 19 na parte que conta a história de Sodoma e Gomorra em que Abraão advoga junto a Deus em defesa daqueles moradores e diz: “E se houver cinqüenta justos na cidade? Ainda a destruirás e não pouparás o lugar por amor aos cinqüenta justos que nele estão?”, mas quando os anjos chegam a Sodoma e, os justos encontrados, foram apenas Ló e a sua família.
Cito também a parte do livro de Ezequiel (16:49-50) sobre aquela cidade em que os homens tentaram seduzir os anjos: “Olha, esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: ela e sua filha tinha orgulho, plenitude de alimentos, e abundância de ociosidade, não fortaleceu a mão do pobre e do necessitado além do mais se ensoberbeceram e cometeram abominação diante de mim; pelo que ao ver isso as rirei de seu lugar “.
O dicionário trata iniquidade como comportamento ou ação perversa, contrário a equidade e a moral e maldosa e, a palavra ociosidade definida como pessoa “que não tem ocupação; que não faz nada: menino ocioso. Que realiza alguma função com preguiça”. No contexto atual a ociosidade pode ser adotada o que muitos especialistas chamam de geração nem-nem, um fenômeno mundial que aponta, somente no Brasil, a existência de 10 milhões de pessoas, na faixa etária de 15 a 29 anos, (IBGE 2012) não trabalham e nem estudam. Isso representa que 19,6% deste público etário brasileiro estão propensos a cair na criminalidade devido a falta de perspectiva, principalmente, os mais pobres, desfamiliarizado (sem formação familiar) e mulheres que engravidam precocemente. Ou seja, pessoas vazias de Deus.
Diante aos fatos citados e, ao contrário do que muitos defendem a teoria geral do caos, ainda existem muitos justos e anjos agindo nas cidades. São pessoas que pouco aparecem e, talvez por modéstia, seguem o princípio bíblico: “…quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita” (Mateus 6; 3).
Em Gurupi, por exemplo, não vou citar nomes de pessoas, mas faço questão de citar trabalhos feitos por pessoas, instituições filantrópicas, empresas, educadores, etc, etc,… que nos afasta um pouco deste sentimento sodomista.
Como exemplos cito as pessoas que não aparecem e levam pão e roupa até a casa dos mais necessitados, os trabalhos do SESI que atua na formação da mão de obra ociosa e projetos como exemplo o Atletas do Futuro que na última edição envolveu 830 crianças e adolescentes, assim como os projetos Cooperar da Cooperfrigu que atua durante os 12 meses do ano, o da AGAB com seus mais de mil alunos, as Casas de Recuperação Maanaim e Valentes de Davi, as escolinhas de futebol e outros esportes, as creches filantrópicas, o grupo Apaiano e o Mesa Brasil, o Natal Solidário da CDL e o empenho e dedicação dos profissionais da Casa de Passagem Criança Cidadã de Gurupi. Também não podemos deixar de citar os trabalhos feitos por pessoas anônimas na ressocialização de presos por meio da educação e formação escolar, evangelização e cursos profissionalizantes; os professores, as diretoras, os coordenadores e demais educadores envolvidos em projetos na formação das crianças nas diversas escolas; os trabalhos sociais de muitas igrejas com jovens e crianças e os trabalho da PM por meio do PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, considerado como o maior programa de prevenção às drogas do mundo, e o 4º BPM já formou mais de 6 mil crianças, e os profissionais do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I) Sandra Nascimento de Oliveira e do CAPS/ AD III que atua no atendimento a alcoólatra e viciados em outras drogas.
São por estes pontos de vistas que comungo a pensamento de uma música de Renato Russo quando ele fala que “mesmo quando tudo parecer está perdido, sempre existe uma luz” porque acredito que ainda existem pessoas que fazem sua parte, respeitam o outro como ser humano por meio da compaixão altruísta e não pela pena egoísta.
Wesley Silas Barbosa da Cruz e graduado em Jornalismo. Unirg, conclusão em 2007, Pós-graduação em Gestão Empresárial e Marketing pelo Instituto Específico de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, cursou 3,5 anos em Filosofia e três período em Publicidade e Propaganda e atua na área de Comunicação Social desde o ano de 1995.