De acordo com familiares de Igor Jhonatan Sousa Pereira, depois que foi diagnóstico de morte encefálica foi tentado a doação dos órgãos, mas foi em vão devido boa parte dos órgãos já terem paralisados. “Nós tentamos doar os órgãos, mas não deu tempo por tinha que fazer uns exames e depois tinha que vir um pessoal de fora e os órgãos dele não resistiu”, disse John Lennon, o padrasto a vítima.
Ainda conforme a família o jovem trabalhava na empresa Armazém Paraíba e fazia parte do programa jovem aprendiz quando aconteceu o acidente de trabalho. “Graças a Deus a empresa está dando apoio até agora”, disse o padrasto.
Além da tragédia em si, falta de EPI (Equipamento de Proteção Individual), conforme já foi noticiado neste Portal, e falta de logística para doação de órgãos, o caso desperta sobre o não cumprimento da Lei do Aprendiz que regula as atividades dos participantes do programa que prevê aos participantes não exercer funções que traga risco a sua saúde e integridade física.
Segundo a família o corpo de Igor Jhonatan está sendo velado na Avenida Santa Catarina entre as Ruas 03 e 04 no Espaço Santo Antônio.
Como funciona o sistema de captação de órgãos
Paciente com diagnóstico de morte encefálica internado em hospital é doador em potencial. A família é informada da possibilidade de doação dos órgãos. Caso ela concorde, uma série de exames são feitos para confirmar o diagnóstico. A notificação da morte encefálica é obrigatória por lei.
A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (Central de Transplantes) é notificada e repassa a informação para uma Organização de Procura de Órgão (OPO) da região. A OPO se dirige ao hospital e examina o doador, revendo a história clínica, os antecedentes médicos e os exames laboratoriais. A viabilidade dos órgãos é avaliada, bem como a sorologia para afastar doenças infecciosas e a compatibilidade com prováveis receptores.
A OPO informa a Central de Transplantes, que emite uma lista de receptores inscritos, compatíveis com o doador. No caso de transplante de rins, deve-se fazer ainda uma nova seleção por compatibilidade imunológica ou histológica. A central, então, informa a equipe de transplante e o paciente receptor nomeado. Cabe à equipe médica decidir sobre a utilização ou não do órgão.