Por Wesley Silas
Um cenário envolvendo uma obra de 8 quilômetros de pavimentação asfáltica inacabada do Governo Federal em Gurupi que já custou aos cofres público cerca de R$ 5 milhões por quilômetro, uma duplicação que não acontece devido a concessionária está envolvida na Lava Jato e um ônibus escolar sucateado doado pelo Governo Federal à Prefeitura de Crixás mostram o descaso com dinheiro extraído dos impostos dos contribuintes.
No caso do ônibus, encontra-se sem alguns pneus e sua estrutura parece uma lata velha jogada na travessia urbana da BR-153 em Gurupi cerca de três dias.
“O mecânico foi dar uma volta pra testar o ônibus, só q nesse teste a roda caiu quebrou o rolamento”, explicou a assessoria de comunicação da Prefeitura de Crixás, que informou que o atual prefeito recebeu do ex-gestor toda frota sucateada. “Dos 22 veículos, 16 não estavam funcionando e hoje falta consertar quatro Kombis, um caminhão e uma motoniveladora. Existe também um caminhão que ninguém sabe onde foi parar o motor”, concluiu.

Travessia urbana
No entanto, no mesmo lugar está a travessia urbana de Gurupi que, junto com a duplicação da BR-153, entrou no bolo das 22 mil obras inacabadas espalhadas pelo Brasil. No caso da travessia o Governo Federal, por meio do DNIT já pagou R$ 34.882.999,56, enquanto a prefeitura desembolsou na contrapartida R$ 2.226.573,87, totalizando total de R$ 37.109.573,53. Apesar da obra não sido ter finalizada, no final da gestão do ex-prefeito Alexandre Abdalla, ficou um saldo na conta do convênio de R$ 1.606.824,04 retido pelo TCU, conforme convênio nº TT0271/2007-00, disponível no Portal da Transparência.

Duplicação da BR-153
No mesmo dia e hora, a reportagem do Portal Atitude flagrou um homem em uma camionete da concessionária Galvão Engenharia, empresa que teve diretores envolvidos na operação Lava Jato, roçando o mato de uma placa de transito da BR-153, enquanto isso nem os buracos da pista são tampados provocando grande quantidade de acidentes fatais, ao tempo que duplicação da rodovia federal arrasta-se desde 2014 num esgoto com fedor de corrupção.
