A Polícia Federal deflagrou hoje (10/11) a OPERAÇÃO NOSOTROS, que tem como objetivo apurar suposta fraude envolvendo o processo de licitação para construção do sistema de transporte BRT de Palmas no valor aproximado de R$ 260 milhões.
Estão sendo cumprido 22 mandados judiciais, sendo 10 de condução coercitiva e 12 de buscas e apreensão nos estados de Tocantins, Paraná e Santa Catarina. Entre as pessoas conduzidas estão o prefeito de Palmas/TO, o secretário municipal de Finanças e o Procurador Geral do Município, além de donos de imobiliárias e donos de terras. Diversos servidores públicos também serão intimados a prestarem esclarecimentos.
Em seu twitter o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, publicou a seguinte frase:
“Bom dia Palmas..A PF está nos meus endereços fazendo busca e apreensão.Resta colaborar.Estou rumo ao Smart Cities em Barcelona.Esperando”. Depois o prefeito fez outras postagens, conforme mostra o print.
A PF identificou o repasse de informações privilegiadas da prefeitura a empresas que participaram da concorrência. Em conluio com grandes imobiliárias da região, agentes públicos também pressionavam proprietários para que cedessem, a título gratuito, parte de suas terras para pessoas ligadas ao esquema criminoso. Uma das formas de coação era através da cobrança de altos valores de IPTU desses proprietários.
![Amastha-PF PF investiga sistema de transporte BRT em Palmas Amastha-PF PF investiga sistema de transporte BRT em Palmas](http://www.atitudeto.com.br/wp-content/uploads/2016/11/Amastha-PF.jpg)
A implantação do sistema BRT valorizaria os imóveis que o grupo tivesse posse após a obra.
TCU
O projeto do BRT (Bus Rapid Transit) formulado pela Prefeitura de Palmas está entre as 15 obras, bancadas pelo governo federal, que o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendará ao Congresso o bloqueio de repasses públicos em 2017 por irregularidade graves na execução dos contratos.