Após ouvir sugestões dos vereadores e de representantes da Vigilância Sanitária sobre respostas aos produtores de leite cru e seus derivados como queijo, requeijão e coalhada que tiveram suas comercializações questionadas pela 6ª Promotoria de Justiça, por meio do promotor Marcelo Lima Nunes, que cobra o controle sanitário pelos órgãos fiscalizador. A reportagem do Portal Atitude esteve no final da tarde na Feira do Produtor que agrupa famílias que produzem em lotes baldios, assentamentos e em chácaras e buscam na comercialização da produção o sustento econômico.
Por Wesley Silas
O Ministério Público de Gurupi tem sido protagonista de debates importantes que envolvem várias áreas que atingem o poder público, comércio, conforme registramos nesta quinta-feira, 25, nos dois casos de instaurações de Inquéritos Civis Públicos sobre locação de um caminhão do mosquito da dengue e do direito a atendimentos prioritários em fila de supermercado e, do polêmico caso da venda de derivados de leite in natura em que nesta reportagem iremos mostrar opiniões no local que mais comercializa estes produtos.
Além da fiscalização do Procon e da Vigilância Sanitária, foi constatado na Feira do Produtor pessoas com pranchetas colhendo dados dos produtores para participar de palestras na Agrotins, enquanto os feirantes estavam completamente desorientados sem saber qual o destino dar para seus produtos e restam esperar que o Ministério Público sensibilize e prorrogue o prazo, até que sejam tomadas soluções para o leite e seus derivados. Enquanto isso, consumidor, como o aposentado Aquiles, (veja no vídeo) ainda não acredita que poderá deixar de beber o leite em conformidade a cultura local.
“Os fiscais nos identificaram e falaram que não era para nós vender nada derivado de leite e que era para fazer um concurso (curso) em Palmas (na Agrotins) para a gente aprender a congelar e conservar o leite. Eu vou parar porque não pode, né”, disse dona a produtora do Assentamento Vale Verde, Antônio Gomes Siqueira.
A jornalista Deise Silva mora em uma fazenda junto com o esposo na região estão há 04 anos trabalhando nas feiras comercializando leite in natura, queijo e galinha caipira também foi notificada para não comercializar leite in natura e que não sabe como fazer com, aproximadamente 100 litros de leite produzido na fazenda por dia, mesmo ele sendo retirado em ordenha mecânica, mas não é pasteurizado. Ela comentou também sobre outros produtos que são comercializados de forma artesanal, como carnes de frangos e porcos.
Contudo, no resumo do mês sobre a polêmica do leite in natura, o prazo dado pelo MP estoura neste final de semana e ainda não aconteceu, sequer, uma audiência pública para ter resultados pragmáticos em busca de soluções para estes produtores com envolvimento de entidades como o Ruraltins, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Vigilância Sanitária, Procon, Ministério Público, Secretaria da Produção e Agricultura (Municipal e Estadual) e antecipar neste bojo problemas futuros como a comercialização de linguiça e carnes de frangos caipira e porcos.