Ontem cerca de 1.000 caminhoneiros realizaram um protesto na BR-153 no trecho que se estendeu em torno de 10 km entre as cidades de Gurupi (TO) e Cariri (TO).
“Ou aumentam o frete ou baixam o preço do óleo porque estamos acumulando dívidas. Para ter uma idéia, antes do aumento do combustível, a tonelada do frete de Gurupi a São Luiz (MA) estava sendo paga R$ 140,00 e agora estão pagando R$ 150,00. Ou seja, R$ 10,00 a mais por toneladas que já estava defasada antes do aumento”, reclamou Laudeir Mariano de Oliveira ao Portal Atitude.
Em Gurupi o protesto durou cerca de 4 hora e foi desfeito depois que um Oficial de Justiça apresentou uma liminar que previa multa de R$ 10 mil por hora, caso os caminhoneiros permanecem parados no acostamento da rodovia.
Conforme informou o líder do movimento em todo o Brasil, Ivar Schmidt, as mobilizações são organizadas pelo Whatsapp e bloqueou no primeiro dia 100 pontos em diversas rodovias do País.
No entanto o Palácio do Planalto tirou o corpo do problema a justificou o aumento do valor do combustível, não como aumento, mas sim uma recomposição da Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico). O esclarecimento foi feito pela presidenta Dilma Rousseff em conversa com jornalistas, nesta quarta (25), em Feira de Santana (BA).
Nesta quinta-feira, 26, o protesto ganhou a adesão de caminhoneiros em 12 Estados do país colocando em risco o abastecimento do Brasil e hoje os caminhoneiros cobraram da presidente Dilma, além da redução do diesel e dos pedágios, mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho.
Em resposta a presidente Dilma se comprometeu hoje a sancionar, sem vetos, a Lei dos Caminhoneiros, que estabelece regras para o exercício da profissão e carência de 12 meses para todos os financiamentos do BNDES Pró-caminhoneiro, garantiu que o diesel não terá aumento em seis meses, manterá mesa permanente com os caminhoneiros e garantiu ainda Sanção Integral da Lei do caminhoneiro que prevê disciplina a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional, além de assegurar intervalo mínimo para refeição e para repouso.