Por Wesley Silas
Por volta das 10h do dia 13 junho um caminhão carregado com uma colheitadeira rompeu vários cabos de rede de internet na Avenida Amapá com a Rua 11 em Gurupi. A Polícia Militar esteve no local para registrar o incidente. As imagens foram mostradas em uma das redes sociais do Portal Atitude e em resposta o caminhoneiro Souza Pablo disse que a culpa sempre recai sobre os seus colegas, enquanto eles trabalham como qualquer outro pai de família.
“Se está acontecendo isso aí, a população tem que ir atrás do pessoal da infraestrutura para corrigir os erros. O caminhão passa onde é indicado para passar e se não está adequado a passagem tem que cobrar dos responsáveis e não jogar a culpa em quem está só correndo atrás do pão de cada dia”, disse o caminhoneiro Souza Pablo que reclamou também sobre a demora da construção de uma alça viária ligando as BRs 153 a 242 para dar opção aos motorista e evitar acidentes no cidade.
Neste mesmo dia três motociclistas se envolveram em acidentes provocados por cabos, sendo um deles na Vila São José, como relata Rafaela Teixeira que teve seu pescoço atingindo por um deles.
Imagens: Jairo Santos
Além da falta de alternativa para evitar o transito de caminhão pesado pelo centro de Gurupi, em muitos casos o problema dos rompimentos dos cabos é decorrente não obedecer as normas que tem altura regulamenta e a falta de fiscalização. Segundo a Prefeitura de Gurupi, a execução das instalações de fios de energia elétrica e de internet, bem como a fiscalização, são responsabilidades da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“A Prefeitura esclarece que o traçado original/legal para tráfego de caminhões pesados informado ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT) é a Rua Delfino Aguiar e a Avenida Goiás, ligando a BR242 a BR153, no entanto, em 2012, a Prefeitura de Gurupi traçou um plano paralelo provisório de transição pela Rua 16, Avenida Amapá e Rua D até ligar com a Avenida Goiás e depois a BR153”, pontou.
Motivado pela Prefeitura de Gurupi, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) decidiu que este trajeto oficial será municipalizado e o DNIT está formalizando nova proposta de Alça Viária Leste como trajeto regular e legal, e que deve ser feito ao mesmo o traçado conforme determinações do DNIT junto ao SNT, ligando a BR153 a BR242.
No caso do traçado onde aconteceu os rompimentos dos cabos a reportagem do Portal Atitude esteve na Avenida Amapá, esquina com a Rua 11, onde o caminhão carregado com uma colheitadeira rompeu vários cabos. Naquele local foi verificada a altura dos cabos; sendo que na Rua 11 com a Avenida Amapá a altura encontrada é de 4,85 metros e na Avenida, logo após onde houve o rompimento a altura é de 5,5 metros, ou seja, 50 centímetro abaixo da altura permitida para carga. Enquanto a Avenida Amapá com a Rua 11 a reportagem fez questão de medir e a altura foi de 5,1 metros, 90 centímetro abaixo da altura permitida aos caminhões.
A reportagem ouviu também um dos empresários responsáveis por uma empresa de internet. Segundo ele é um problema acontece em todo Brasil e é difícil de ser controlado devido as mudanças de postes feitos pela Energisa bambeia/afrouxa os cabos e não comunica as operadoras de internet.
“Este risco existe em todo o Brasil. A Energisa troca o poste e não comunicada as operadoras de internet, falta comunicação quando os cabos são rompidos, enquanto existe um grande volume de postes e fios e não há como monitorá-los. O poste bambeia, os cabos criam barriga e os caminhões passam e os arrebentam. A Energisa não sabe quem são as empresas que estão usando os postes e quem são os responsáveis pelos cabos arrombados nos ramais de 200 metros. Há também possibilidade de provedores clandestinos. A nossa recomendação é para que os motociclistas se protegem usando antenas de segurança no modelo das usadas para cortar pipas de cerol instaladas no guidão da moto”, disse o empresário que pediu sigilo da fonte para não ser prejudicado.